sábado, 15 de agosto de 2015

Irá Israel abolir a indústria das peles?




Israel só pode contar com a água da chuva para a sua sobrevivência. Do seu minúsculo território, uma grande parte é deserto. Não tem muita terra arável, e luta com temperaturas extremas e pluviosidades baixas. Mesmo assim, o povo judeu, após a restauração da sua independência, em liberdade na sua Terra, fez florir o deserto. O pequenino Israel exporta bens alimentares, veja-se bem. E ainda consegue ser dos países do mundo com mais área dedicada a reservas naturais. 

São estas e outras características que nos fazem ter uma simpatia especial por este país e por este povo tão peculiares e determinantes na História das Civilizações. E agora, como amigos dos animais e da Natureza em geral que somos, temos mais um motivo para nos alegrarmos com Israel. É que o Estado Judaico pode em breve vir a ser o primeiro país do mundo a abolir o comércio  e produção de peles de animais.

Israel é também o país líder mundial em percentagem de oferta de produtos vegetarianos e veganos, uma tendência global que aplaudimos, para bem do nosso futuro colectivo e da saúde. 

Mas a relação de respeito dos judeus para com a Natureza não é de agora. A Torá (os 5 primeiros Livros do Antigo Testamento) contém a primeira legislação ambientalista da História. A Torá proíbe a crueldade para com os animais, prescrevendo que o seu abate para a alimentação humana seja o mais possível rápido e indolor.

Dos famosos 613 Mandamentos (mitsvot) que os judeus observantes devem cumprir, encontramos na Torá dois que são específicos para as aves: proíbem que se recolha os ovos quando a ave mãe estiver no ninho, e que se espante a ave antes de tirar os filhotes. O sábio judeu Maimónides escreveu no seu "Guia dos Perplexos" que o objectivo dessas duas prescrições não é tanto ensinar a recolher ovos, mas dar uma lição de sensibilidade: "Se tivermos de sair de nosso caminho para espantar a ave mãe de modo a não lhe causar sofrimento ao ver seus ovos sendo recolhidos, muito mais devemos ser cuidadosos ao lidarmos com os seres humanos."

A Torá preconiza a sensibilidade com todos os seres vivos, desde há milénios. Esse conceito é chamado Tzar Ba’alei Chaim (Sofrimento das Coisas Vivas), e diz essencialmente para não se magoar ou matar qualquer criatura viva se não for necessário. Muitos contos talmúdicos narram a história de grandes Sábios que demonstraram compaixão para com os animais.
Segundo os ensinamentos cabalistas, há motivos mais profundos no cumprimento dos mandamentos da compaixão para com os seres vivos: é que cada uma dessas  acções faz avançar o Mundo para mais perto da era da perfeição espiritual conhecida como Mashiach, ou Era Messiânica. Judeus ou não judeus, não é difícil a uma pessoa de Bem concordar. Então, faça a sua parte.


Fontes: OLHAR ANIMAL CHABAD

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