Lamentamos que este comentário não esteja legendado. Este blog não tem o seu foco na religião. No entanto, a bem da verdade histórica e do combate a ódios atávicos, entendemos este tema é da máxima importância. Não fazemos este post para acender polémicas, mas como um singelo contributo para acabar com uma que dura há quase dois milénios, e que tem causado muito sofrimento e incompreensão. Pretendemos voltar a este assunto. Não para questionar a fé de ninguém, mas para contribuir para a verdade histórica e para a paz entre credos. Se a religião for motivo de divisão e ódio, está a negar-se a si mesma.
Jesus, o judeu incompreendido (Rabbi Micah Greenstein)
"Devemos entender que alguns dos primeiros cristãos [nas décadas após a morte de Jesus] viam a mensagem de Jesus em grande parte dentro do contexto do Judaísmo. Na verdade, o Cristianismo poderia ter permanecido como uma seita dentro do Judaísmo ... Nesta fase inicial não havia linha divisória entre o Cristianismo e o Judaísmo " - Estudo Bíblico Católico (escrito pela Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, o corpo governante da Igreja Católica Romana Americana).
Levine, professor de estudos do Novo Testamento em Vanderbilt, junta-se às fileiras de Bart Ehrman, John Dominic Crossan, e outros, na busca pelo Jesus histórico. Levine discute Jesus no contexto do Judaísmo e do Cristianismo, examinando como este evoluiu a partir de uma seita judaica para uma Igreja gentílica. Estas informações podem ser encontradas em outras fontes. Levine, contudo, discute as relações judaico-cristãs ao longo dos milénios, mostrando como o Judaísmo se tornou um bode expiatório do Cristianismo, e oferece muitos exemplos de princípios do Judaísmo retirados do contexto por autores da Igreja. Não o faz para levantar problemas. O que o autor quer é que os leitores entendam que retirar Jesus do contexto do Judaísmo não é útil para ambos os grupos, e que existem muitas maneiras de nos concentrarmos nas semelhanças. Como Levine conclui: "Por mais diferentes que sejam, igreja e sinagoga têm o mesmo destino, seja ele chamado Reino dos Céus ou Era Messiânica."
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Quando será que a maior denominação cristã do mundo irá reconhecer que no início o "Cristianismo" era meramente uma seita judaica, durante a vida de Jesus e por muitos anos depois disso? É hora de reexaminar o que o Novo Testamento realmente diz sobre o Homem de Nazaré.
A Igreja Católica Romana monopolizou o Novo Testamento há mais de 1400 anos, proibindo aos leigos a leitura ou interpretação. Embora esse monopólio tenha sido quebrado por volta do século XVI, com a Reforma Protestante, o conhecimento sobre o mundo de Jesus no primeiro século era muito escasso, para que qualquer um conseguisse entender o Novo Testamento no seu contexto. Hoje, sabemos mais sobre os tempos de Jesus do que nunca. No entanto, os líderes religiosos cristãos têm sido relutantes em divulgar esses novos conhecimentos, em grande parte porque revelam que Jesus era um profeta judeu que insistiu na adesão ao Judaísmo tradicional. Em "Jesus, o Judeu Incompreendido: O que o Novo Testamento diz sobre o Homem de Nazaré", o Dr. Robert Kupor ilumina o Novo Testamento de uma forma que permite que ambos, cristãos e judeus, entendam esse documento seminal sob uma nova luz, surpreendente. "Jesus, o Judeu Incompreendido irá surpreendê-lo e iluminá-lo."
Bom. Excelente, objetiva e prática abordagem.
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