POSTAGENS ESPECIAIS DE CORRIDA

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

História de Israel - A Revolta de Bar Kokhba

A Revolta de Bar Kokhba
Simon Bar Kokhba é o nome de um chefe revolucionário judeu que combateu os invasores Romanos. O apelido "Bar Kokhba" significa "filho de uma estrela", e refere-se à passagem bíblica de Números 24, que diz que uma "estrela cadente surgirá de Jacob."
O Rabino Akiva, um contemporâneo de Bar Kokhba, deu-lhe este nome, que tem conotações messiânicas. Com efeito, após a destruição do Templo, a remoção de autonomia judaica e o exílio dos judeus de Jerusalém, a esperança na Rebelião de Bar Kokhba, no seu breve breve sucesso e na sua liderança, levou muitos a acreditarem que a Era Messiânica tinha começado.
Os cristãos, que acreditavam que Jesus  de Nazaré era o Messias, rejeitaram Bar Kokhba. Este facto provocou novos cismas entre judeus e cristãos primitivos, ajudando moldar uma identidade cristã até hoje separada do Judaísmo.


A montanha-fortaleza de Heródio foi uma das bases dos revoltosos

Vale a pena visitar esta página para admirar alguns vestígios arqueológicos deste período da História de Israel.

Após a devastação e destruição do Segundo Templo, pelos Romanos, em 70 E.C., e o esmagamento das revoltas judaicas anteriores, a vida judaica em Israel foi dizimada e a soberania judaica esmagada.

A destruição de Jerusalém pelos Romanos persiste na memória colectiva


O Imperador Adriano (76 - 138 E.C.) visitou Jerusalém, e comprometeu-se a reconstruir a cidade e o Templo. No entanto, a sua motivação era fazer uma nova cidade romana e um templo dedicado aos deuses pagãos. Quando os Romanos começaram a lançar as fundações do templo, as tensões cresceram, e quando os ocupantes Romanos proibiram as práticas religiosas fundamentais para a fé judaica, como a circuncisão (que os Helenistas viam como mutilação), os judeus rebelaram-se, e deu-se a terceira rebelião (ou Guerra Judaico-Romana) desde a destruição do Templo. Durou de 132 a 135 E.C., e foi a última.

Pormenor do monumento Romano que celebra a queda de Jerusalém e o saque do Templo (veja-se a Menorá, levada pelos invasores)

A revolução, inspirada em parte pela dinastia dos Hasmoneus, foi inicialmente bem sucedida. Praticando uma guerra de guerrilha, as forças judaicas recapturaram muitas cidades e vilas, incluindo Jerusalém. Os romanos foram apanhados de surpresa, e as tentativas de reprimir a rebelião falharam. Moedas foram cunhadas com a frase "A Liberdade de Israel."


 Moeda judaica da época de Bar Kokhba

Os sacrifícios rituais de animais foram retomados, embora não no Templo; o Rabino Akiva liderou o Sinédrio (Supremo Tribunal judeu), e Bar Kokhba estabeleceu-se como Nasi (príncipe). No entanto, no ano 135 E.C., os Romanos conseguiram finalmente reprimir a rebelião, e fizeram-no de forma brutal. Cercaram as cidades até que as forças judaicas ficaram enfraquecidas pela falta de alimentos, e, em seguida, começaram o ataque final. Os judeus fugiram para o seu reduto, em Betar, mas foram atacados lá também, tendo o golpe final ocorrido em Tisha B'Av, o dia nacional de luto judaico. Centenas de milhar de judeus foram mortos, e Adriano tentou acabar com qualquer indicação de que uma presença judaica existira na Terra de Israel.
O Imperador Adriano


Académicos, incluindo o Rabino Akiva, foram perseguidos e mortos; textos foram queimados. Adriano ergueu estátuas no Templo, e substituiu o nome de "Judeia" nos mapas pelo nome "Síria-Palaestina", a partir do qual deriva o nome moderno "Palestina", que foi um dos nomes da Terra de Israel durante dois mil anos subsequentes.
O Imperador Romano também reinstituiu o nome "Aelia Capitolina" para designar Jerusalém, transformada em cidade romana. Os judeus foram proibidos de entrar na  sua cidade santa.

Simão  Bar Kokhba


Mais tarde, Constantino I permitiu que os judeus entrassem em Jerusalém uma vez por ano, em Tisha B'Av, a fim de chorarem. A revolta teve impacto significativo sobre o Judaísmo. O centro de aprendizado judaico mudou-se para a Diáspora. No entanto, a presença judaica permaneceu na Terra Santa. Os judeus, na sua maioria, migraram para o norte de Safed e para Tiberíades.
Safed ficou conhecida como um importante centro de estudo da Torá, especialmente do estudo da Cabala. Textos judaicos importantes foram concluídos em Israel, incluindo o Mishná e o Talmud Jerusalém. Na História de Israel moderna, a revolta de Bar Kokhba tornou-se um símbolo da resistência nacional. O grupo de jovens judeus "Betar" tomou o seu nome do último reduto de Bar Kokhba, e o primeiro Primeiro-Ministro de Israel, David Ben-Gurion, adoptou o nome de um dos generais de Bar Kokhba.

Bar Kokhba, os seus guerreiros, e os judeus em geral, foram supliciados pelos Romanos, como aconteceria também aos cristãos, em Roma e em todo o Império.

2 comentários:

  1. Que mentira mais sem graça o que tem a haver os cristão gregos com os judeus, a única ligação entre gregos e judeus foram os Essênios, um povo com princípio da doutrina Cínica tirada dos filósofos gregos e judaizados, e nesta época ninguém ouvira falar de um Jesus na Judeia já que este Jesus foi um conto romano feito por um tal Marcos aproximadamente nos anos 180 desta era.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Daniel Rachadel,

      Obrigado por nos corrigir, amigo.

      Por acaso este post não inclui as fontes, mas a generalidade dos posts da secção História de Israel indicam-nas. Se é mentira, não nos culpe a nós :-) O que queremos é a verdade, sempre.

      Na sua opinião, não se falava de Jesus de Nazaré em Israel na época da Rebelião de Bar Kokhba. Se é certo o que afirma, não teremos o mínimo pejo em admiti-lo. Não somos historiadores e procuramos apenas muito modestamente transmitir o que estes sabem.

      Só que estes acontecimentos de há 2 milénios geram muita controvérsia. A questão sobre quem foi Jesus de Nazaré/Yeshua ben Yosef, se existiu ou não, como era afinal, as manipulações dos relatos Bíblicos, é um tema em que somos novatos e que muito nos espanta, educados que fomos no Catolicismo.

      Se puder, indique-nos por favor onde estudar este assunto.

      João Oliveira

      Eliminar

Comentários temporariamente desactivados. As nossas desculpas.