POSTAGENS ESPECIAIS DE CORRIDA

sábado, 23 de dezembro de 2023

"Terra de Jesus sem Natal"

O título acima está percorrer a Velha Imprensa. 
Como acontece há séculos, a propaganda antissemita aproveita para piscar o olho à absurda acusação de deicídio e culpa colectiva, e soma-lhe o eterno ressentimento por os judeus (uns teimosos!) "não quererem ver a Luz do Cristianismo".

Se a não conversão dos judeus já escandaliza as massas, some-se a isto a acusação de que os judeus "proíbem o Natal na Terra Santa": 


AP, Reuters e AFP reciclam a estafada narrativa de ‘Israel arruinou o Natal’

Enquanto biliões de cristãos em todo o mundo se preparam para celebrar o Natal, as maiores agências de notícias do mundo têm procurado um ângulo para cobrir as celebrações do Natal na Terra Santa. E encontraram-no… 

Este ano, diz-nos a Reuters numa manchete recente, será o “pior Natal de sempre” em Belém.


Segundo a Reuters, o local de nascimento de Jesus Cristo ficará deserto porque a “guerra afugentou turistas e peregrinos da cidade 'palestina' na 'Cisjordânia ocupada' por Israel”.

Comerciantes árabes em Belém têm menos negócio por causa da guerra - "a culpa é de Israel", pois de quem mais?

 

Associated Press disse que seria um “Natal moderado” em Belém, depois de “as autoridades do local tradicional de nascimento de Jesus terem decidido renunciar às celebrações devido à guerra Israel-Hamas”. 

 


“O cancelamento das festividades de Natal, que normalmente atraem milhares de visitantes, é um duro golpe para a economia dependente do turismo da cidade”, observou a AP.

 

Cidade de Belém, em Israel. Nos países islâmicos, as outras religiões são proibidas ou, na melhor das hipóteses, perseguidas.


Na mesma linha, a Agence France Press (AFP) previu celebrações moderadas, explicando que, à medida que a “guerra entre Israel e o Hamas se intensifica a cerca de 100 km (60 milhas) de distância, em Gaza – deixando milhares de "palestinos" mortos e quase dois milhões de deslocados e presos numa catástrofe humanitária – o Natal será um acontecimento silencioso na "Cisjordânia ocupada".” 

 


O problema com estes artigos é que todos parecem familiares demais.

Dificilmente passa um Dezembro sem que as agências de notícias avisem que o Natal foi estragado em Israel.

Em 2021, por exemplo, a Reuters anunciou que em Belém haveria um “Natal silencioso e com poucos peregrinos para trazer alegria”.

Em 2020 – durante a pandemia do Coronavírus – a Associated Press lamentou como a propagação do vírus “roubou a alegria do Natal da Belém bíblica”.

E alguns anos antes, a AFP estava preocupada com uma “véspera de Natal moderada no histórico local de nascimento de Jesus”, enquanto “as tensões em Jerusalém ofuscavam o Natal em Belém”.

Nestes artigos, é obrigatória a foto do Menino Jesus com uma fraldinha no padrão dos lenços dos terroristas do Hamas & C.ia. 

 

Todos os anos, as maiores agências de notícias do mundo, que fornecem notícias a milhares de organizações em todo o mundo, sugerem que as celebrações do Natal na Terra Santa foram arruinadas.

Além do mais, tais artigos muitas vezes sugerem que Israel é responsável pela destruição das festividades, e este ano não foi diferente.

 


A esquizofrenia antissemita concilia a crença de que "os judeus destruíram as igrejas todas em Israel", com um turismo religioso florescente, que leva pessoas de todo o Mundo aos lugares sagrados cristãos em Israel.

 

A AP observa que Israel restringiu o acesso a Belém e a outras cidades "palestinianas" após os ataques do Hamas em 7 de Outubro, o que, segundo ela, resultou em longas filas de motoristas à espera nos postos de controlo.

A agência prossegue observando como as celebrações do Natal em Belém “têm sido há muito tempo um barómetro das relações  -'palestinianas'” e faz referência a como “as celebrações foram sombrias em 2000, no início da segunda intifada… quando as forças israelitas bloquearam partes da 'Cisjordânia'”- em resposta aos 'palestinos' que realizaram dezenas de atentados suicidas e outros ataques que mataram civis israelitas”.

Sem ser afirmada directamente, a insinuação é clara: Israel é o culpado pela resposta ao terrorismo "palestiniano" – e não os terroristas "palestinianos" cujas acções assassinas necessitaram de uma resposta.

Enquanto Israel combate os terroristas do Hamas na Faixa de Gaza, que lançaram o horrível ataque terrorista em 7 de Outubro, a ênfase das principais agências de notícias do mundo está na forma como o prolongamento da guerra por parte de Israel perturbou as celebrações festivas - e não no facto de o Hamas ser o responsável final por ter lançado o ataque não provocado a civis inocentes e que continue a disparar mísseis indiscriminadamente contra vilas e cidades israelitas.

É um jornalismo preguiçoso e, infelizmente, previsível: a reciclagem do mesmo ângulo dos anos anteriores com a distorção dos factos para se adequarem a essa narrativa distorcida.


Traduzido e condensado de: 

​​

Nota: Escrevemos sempre, mesmo quando transcrevemos artigos, "Palestina", "Palestinos", Cisjordânia" e "Ocupação" entre aspas. Porque nunca existiu nenhuma "Palestina" nem Israel "ocupa" ilegalmente qualquer território. Recusamos a terminologia antissemita.
O site Honest Reporting tem versões em Francês e Português.



 Publicado no AMIGO DE ISRAEL 2.0

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