POSTAGENS ESPECIAIS DE CORRIDA

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Trump ataca regime de Assad - "vistas curtas"?

  
Hoje o Mundo acordou com a notícia de um ataque norte-americano a uma base militar síria, com o intuito de destruir equipamento usado nos ataques com armas químicas contra o próprio povo sírio.
Terá sido a melhor opção? Só a administração Trump estará na posse de todos os dados que justifiquem a decisão. Deixamos aqui alguns dados para que cada um reflicta...

1. "Vistas curtas": Trump atinge base aérea de Assad em resposta ao ataque com armas químicas. 
"Não há dúvida de que Assad é um canalha. Isso não está em questão. O problema com esta acção é o mesmo que era quando Obama queria atacar Assad: quem beneficia? O regime de Assad disse que este ataque "só pode ser descrito como míope".  

O Estado Islâmico (ISIS), embora enfraquecido, continua lá. Os grupos de jihadistas que Obama treinou e armou, continuam lá. Quem beneficia com um Assad enfraquecido? O ISIS, que quer destruir os Estados Unidos e está a enviar jihadistas para aqui, para perpetrarem ataques. 

Trump jurou drenar o pântano, mas parece que os habitantes do pântano, aqueles que fizeram por diversas vezes as mesmas análises erradas, sequestraram a sua administração".


Na opinião de Robert Spencer, Trump está a actuar como a Força Aérea do Estado Islâmico. E o Estado Islâmico está encantado, e celebra.


- O ataque de hoje contra instalações militares sírias apanhou toda a gente de surpresa. Partilhamos da perplexidade de Ted Cruz (candidato derrotado do Partido Republicano). Assad é um monstro. Putin é um monstro. O regime iraniano é um monstro (e já é um monstro atómico). Estes três monstros aliados ameaçam a segurança global e não têm o mínimo respeito pela vida humana ou por qualquer valor que não seja o poder e a força. Resta saber qual a melhor estratégia para os contrariar, para salvar vidas inocentes e para proteger o Mundo Livre. Esperamos que Trump esteja no caminho certo.  

E já agora, que a Coreia do Norte (que ameaça o Mundo semanalmente com as suas armas nucleares- cortesia de Bill Clinton) tenha recebido esta mensagem.

Entretanto, e como sempre, onde têm estado os Estados Árabes, sempre unidos quando se trata de atacar Israel, mas totalmente alheios às catástrofes humanitárias? Onde tem estado o seu empenho em parar este conflito?  Onde tem estado a sua diplomacia de influência? Quantos refugiados da Síria receberam? (Esta nós sabemos: NENHUM!).


2. "Onde está a liderança árabe? Vocês são traidores?"
A jornalista árabe-israelita Lucy Aharish (habitualmente hostil ao governo de Israel), reagindo à notícia do terrível ataque com armas químicas esta semana na Síria, criticou as lideranças árabes por não terem resolvido a crise humanitária em curso:


 

De vez em quando noticiamos a ajuda israelita às vítimas da guerra na Síria:

Israelitas em missões secretas na Síria para salvar vidas

Israel trata sírios feridos na guerra

A situação na Síria e a ajuda de Israe

Antes do Yom Kippur, israelitas oram pelos vizinhos sírios

Os verdadeiros refugiados sírios



Tzipi Hotevely

3. Ministra israelita contra intervenção militar israelita na Síria

5 de Abril de 2017

"Israel teve razão nestes últimos seis anos em não se envolver militarmente no conflito sírio", disse a ministra Hotovely.


A vice-ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Hotevely, argumentou contra a intervenção militar israelita na Síria na quarta-feira, um dia depois de um ataque com armas químicas na província de Idlib, na Síria, ter matado dezenas de pessoas.


"Israel teve razão nos últimos seis anos ao não se envolver militarmente no conflito sírio", disse Hotovely, sugerindo que qualquer papel assumido por Israel para ajudar a resolver o conflito interno na Síria deve ser diplomático.


"No entanto, a situação na Síria requer acção na arena diplomática", continuou. "Israel pode envolver-se com os seus amigos no mundo para trabalhar para pôr fim a essas atrocidades".


"Israel não vira as costas aos feridos na Síria. Tratámos e continuamos a tratar crianças sírias feridas em hospitais israelitas", afirmou. (...)

Médicos sírios tratam uma criança após um ataque químico, a 4 de Abril de 2017, num hospital improvisado na cidade de Khan Sheikhoun, província de Idlib, na Síria. (Edlib Media Center, via AP)

Netanyahu e Danon pedem intervenção internacional
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu a intervenção internacional para remover armas químicas da Síria.

"Apelo à comunidade internacional para que cumpra a sua obrigação de 2013 de remover total e definitivamente essas horríveis armas da Síria", declarou Netanyahu numa cerimónia anual do Estado em honra do presidente israelita, Chaim Herzog.

O embaixador de Israel na ONU Danny Danon fez eco das declarações de Netanyahu:
"A ONU deve agir imediatamente para pôr fim ao uso de armas químicas e assegurar a sua remoção do território sírio", disse Danon. "O mundo não pode ficar em silêncio diante do horroroso massacre na Síria e permitir que esta devastação se repita".

Por: Jonathan Benedek, World Israel News.


Israel passou estes anos a tratar feridos e a resgatá-los, em território sírio (com risco de vida para os voluntários). Não se envolveu no conflito na Síria, e se o tivesse feito teria sido acusado de hostilidade desnecessária. Esperemos que agora não seja acusado de inacção.

Para terminarmos este post, um excerto do artigo publicado no site United With Israel, que enumera os ataques com armas químicas, perpetrados quer pelo regime de Assad, quer pelo Estado Islâmico/ISIS:


4. Mais de 130 Relatos de Ataques Químicos

Tanto o regime de Assad como o ISIS usaram armas químicas.

No relatório, o JIM (organismo da ONU que investiga casos como estes) disse que entre Dezembro de 2015 e Agosto de 2016 recebeu mais de 130 novas alegações dos Estados membros da ONU sobre o uso de armas químicas ou produtos químicos tóxicos como armas na Síria. 
Os relatórios alegaram o uso de sarin, gás mostarda, gás nervoso VX , cloro e outros produtos químicos tóxicos.
"As informações sugerem o envolvimento do governo da República Árabe Síria e outras facções nesses supostos incidentes", diz o relatório.
O embaixador de França na ONU, Alexis Lamek, também pediu uma acção do Conselho dizendo: "Quando se trata da proliferação e uso de armas químicas, essas armas de destruição em massa, não podemos nos permitir ser fracos e o Conselho terá de agir".


O ISIS tem usado armas químicas no conflito.

O Conselho de Segurança agendou a discussão do relatório do JIM para 30 de Agosto, e não se sabe se vai tomar alguma medida antes dessa data.
A Rússia, um aliado próximo da Síria, bloqueou as sanções e outras medidas do Conselho contra o governo do presidente Bashar Assad - embora Moscovo tenha apoiado a criação do JIM.
Louis Charbonneau, director na ONU da Human Rights Watch, disse que o Conselho deve garantir que os responsáveis ​​pelo "uso repugnante e ilegal de armas químicas na Síria ... sejam levados à justiça num Tribunal".
"Sem a prestação de contas, o ciclo de abusos na Síria por parte de todas as partes em conflito - seja por armas químicas ou convencionais - continuará inabalável", disse ele.

De acordo com o relatório, obtido pela Associated Press, o JIM considerou o governo sírio responsável por dois ataques com cloro na província de Idlib, um em Talmenes em 21 de Abril de 2014 e outro em Sarmin em 16 de Março de 2015.
O relatório também afirma que o grupo do Estado Islâmico/ISIS era "a única entidade com capacidade, motivo e os meios para ter usado gás de mostarda de enxofre" em Marea, na província de Aleppo, perto da fronteira turca, em 21 de Agosto de 2015. (...)
O JIM disse que três ataques indicaram possível envolvimento do governo - em Kfar Zita, na província de Hama, em 18 de Abril de 2014, em Qmenas, em 16 de Março de 2015, e em Binnish, em 24 de Março de 2015, ambos na província de Idlib. O relatório afirma que os três precisam de mais investigação. (...)
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Esperamos que esta selecção de dados que consideramos relevantes para a análise deste momento delicado, possam ser úteis. Não esqueçamos que foi Obama (mais os seu gabinete infestado de membros da Irmandade Muçulmana) que apoiou e armou os terroristas na Síria e proporcionou a criação do ISIS.

A população desta cidade síria parece ter aprovado a intervenção norte-americana:


POST-SCRIPTUM:



3 comentários:

  1. Carta de avô de Assad aos ocupantes franceses (1936) explica os problemas do Oriente Médio, prevê o massacre de minorias não-muçulmanas e defende sionistas
    Segundo estimativas da ONU, o número de mortos na guerra civil síria já ultrapassou a casa dos 100.000
    Muitos caíram no conto da “primavera árabe”. No caso da Síria, a propaganda mostra “rebeldes” que lutam contra o ditador Bashar al-Assad em busca de liberdade e democracia. O problema é que os rebeldes nunca quiseram democracia nenhuma…
    Assad e a oposição têm muito em comum. Além dos métodos cruéis e da sede de poder, ambos desprezam a democracia e querem impor ditaduras. Só discordam em um ponto: o tipo de regime que deve controlar o país. Assad quer manter sua ditadura laica e que se apóia nas minorias enquanto os rebeldes querem uma ditadura islâmica baseada na crença da maioria sunita.
    A Síria é uma espécie de síntese ou emblema de todas as questões que têm se mostrado até agora insolúveis no Oriente Médio, a começar por sua própria composição interna. Os Assad pertencem à minoria alauíta — 10% da população —, um ramo do xiismo odiado, igualmente, pela maioria sunita e pelos xiitas. São hoje parte da elite dirigente do país. A chance de que essa e outras minorias — como a cristã, por exemplo — venham a ser esmagadas é grande.
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    A carta abaixo é fascinante. Além de trazer a tona a raiz dos problemas do Oriente Médio, ela se cumpre como uma profecia e explica a razão pela qual a elite alauíta está disposta a lutar até o último homem para se manter no poder. Ela sabe que a única alternativa seria o seu extermínio — os alauítas entendem a mentalidade de seus irmão muçulmanos e a forma como estes lidam com as minorias sob seu controle.
    “Caro Sr. Leon Blum, primeiro-ministro da França
    A luz das negociações que estão sendo realizadas entre a França e a Síria, nós – os líderes alauítas na Síria – respeitosamente trazemos os seguintes pontos a sua atenção e a de seu partido (os socialistas):
    1. A nação alauíta [sic], que manteve sua independência ao longo dos anos as custas de muito zelo e de muitas mortes, é uma nação que é diferente da nação muçulmana sunita em sua fé religiosa, em seus costumes e em sua história. Nunca antes a nação alauíta (que vive nas montanhas na costa ocidental da Síria) esteve sob o domínio dos [muçulmanos] que governam as cidades do interior da terra.
    2. A nação alauíta se recusa a ser anexada a Síria muçulmana, porque a religião islâmica é considerada a religião oficial do país e a nação alauíta é considerada como herética pela religião islâmica. Portanto, pedimos que você considere o destino assustador e terrível que aguarda os alauítas caso eles sejam forçosamente anexados a Síria quando esta estiver livre da supervisão do mandato, quando estará em seu poder implementar as leis que derivam de sua religião. (De acordo com o Islã, os heréticos têm como escolha a conversão ao Islã ou a morte)
    3. Conceder independência a Síria e cancelar o mandato seria um bom exemplo dos princípios socialistas na Síria, mas o significado da independência total será o controle, por algumas famílias muçulmanas, da nação alauíta na Cilícia, em Askadron [a Faixa de Alexandretta, que os franceses tiraram da Síria e anexaram à Turquia em 1939] e nas montanhas Ansariyya [as montanhas no oeste da Síria, a continuação das montanhas do Líbano]. Mesmo havendo um parlamento e um governo constitucional, não haverá garantias de liberdade pessoal. Este controle parlamentar será apenas uma fachada, sem qualquer valor eficaz, e a verdade é que ele vai ser controlado pelo fanatismo religioso que terá como alvo as minorias. Será que os líderes da França querem que os muçulmanos controlem a nação alauíta e que joguem-na no seio da miséria?

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  2. 4. O espírito de fanatismo e estreiteza mental, cujas raízes são profundas no coração dos muçulmanos árabes para com todos aqueles que não são muçulmanos, é o espírito que alimenta continuamente a religião islâmica e, portanto, não há esperança de que a situação vá se alterar. Se o mandato for cancelado, o perigo de morte e destruição será uma ameaça sobre as minorias na Síria, mesmo que cancelamento [do mandato] decrete a liberdade de pensamento e a liberdade de religião. Por isso, ainda hoje, vemos como os moradores muçulmanos de Damasco forçam os judeus que vivem sob seus auspícios a assinar um documento em que são proibidos de enviar alimentos para os seus irmãos judeus que estão sofrendo com o desastre na Palestina [nos dias da grande revolta árabe].
    A situação dos judeus na Palestina é a mais forte e explícita evidência da militância islâmica e do tratamento dispensado aqueles que não pertencem ao islã. Esses bons judeus contribuíram para os árabes com civilização e paz, e estabeleceram prosperidade na Palestina sem tomar nada a força e sem prejudicar a ninguém. Ainda assim, os muçulmanos declaram guerra santa contra eles e nunca hesitaram em massacrar suas mulheres e crianças, apesar da presença da Inglaterra na Palestina e da França na Síria.
    Portanto, um destino sombrio aguarda os judeus e outras minorias no caso de o mandato britânico ser abolido e da Síria muçulmana e da Palestina muçulmana serem unidas. Este é o objetivo final dos árabes muçulmanos.
    5. Agradecemos a sua generosidade de espírito ao defender o povo sírio e seu desejo de conseguir sua independência, mas a Síria, no momento atual, está longe da grande meta que você aspira para ela, porque ela ainda está presa no espírito do feudalismo religioso. Nós não achamos que o governo francês e o Partido Socialista Francês vão concordar com a independência dos sírios, já que a sua implementação causará a subjugação da nação alauíta, colocando a minoria alauíta em perigo de morte e destruição. Não é possível que você concordará com o pedido da Síria (nacionalista) para anexar a nação alauíta à Síria, porque seus elevados princípios – se eles suportam a idéia de liberdade – não vão aceitar a situação em que uma nação (os muçulmanos) tenta sufocar a liberdade de outro (os alauítas), forçando a sua anexação.
    6. Você pode achar necessário garantir condições que assegurem os direitos dos alauítas e de outras minorias no texto do Tratado (o Tratado franco-sírio, que define as relações entre os estados), mas nós enfatizamos a você que contratos não têm qualquer valor na mentalidade islâmica da Síria. Vimos isso no passado, com o pacto que a Inglaterra assinou com o Iraque, que proibia [os muçulmanos] iraquianos de assassinarem assírios e yazidis. A nação alauíta, que nós representamos, clama ao governo da França e ao Partido Socialista Francês, e pede-lhes para garantir a sua liberdade e independência dentro de suas pequenas fronteiras [um Estado alauíta independente]. A nação alauíta coloca seu bem-estar nas mãos dos dirigentes socialistas franceses, e é certo que vamos encontrar um apoio forte e confiável para nossa nação, que é um amigo fiel, que tem prestado à França um excelente trabalho, e agora está sob o ameaça de morte e destruição.
    [Assinado por]
    Aziz Agha al-Hawash, Mahmud Agha Jadid, Mahmud Bek Jadid, Suleiman Assad [avô de Bashar], Suleiman al-Murshid, Mahmud Suleiman al-Ahmad.”

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