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segunda-feira, 2 de novembro de 2015

História de Israel - O Primeiro Exílio


Separados dos seus irmãos que não foram deportados, os judeus da Diáspora produziram neste período reflexões preciosas, narradas em diversas obras, nomeadamente na Bíblia. Foi uma dura prova, no entanto espiritualmente fértil.

O Primeiro Exílio
Apenas algumas gerações após o período de glória e prosperidade sob o rei Salomão, os israelitas conheceram a derrota às mãos dos Assírios, e, em seguida, após 200 anos, dos Babilónios. Dois países vizinhos e hostis, situados a Norte, onde hoje é a Síria e o Iraque, respectivamente.

O Templo (Beit HaMikdash, em Hebraico) foi destruído, os seus santos objectos saqueados, e os judeus exilados. Este foi o início da Diáspora judaica, uma época que viu as comunidades judaicas e estudo da Torá florescerem fora da Terra Santa.
No entanto, não importa o quão bem sucedidos espiritualmente os judeus se tornaram nas suas comunidades em solo estrangeira (principalmente na Babilónia), a sua conexão com a Terra de Israel nunca desapareceu. Um dos mais famosos salmos, o salmo 137, eloquentemente, descreve o povo judeu chorando junto aos rios da Babilónia, jurando que nunca iria esquecer a cidade santa de Jerusalém, tão crucial para a sua identidade como a própria mão direita:

1 Junto aos rios da Babilónia
nós nos sentamos e choramos
com saudade de Sião.
2 Ali, nos salgueiros,
penduramos as nossas harpas;
3 ali os nossos captores pediam-nos canções,
os nossos opressores exigiam
canções alegres, dizendo:
"Cantem para nós uma das canções de Sião!"
4 Como poderíamos cantar
as canções do Senhor
numa terra estrangeira?
5 Que a minha mão direita definhe,
ó Jerusalém, se eu me esquecer de ti! 
6 Que me grude a língua ao céu da boca,
se eu não me lembrar de ti
e não considerar Jerusalém
a minha maior alegria!


A cena celebrizada pelo Salmo 137

O exílio foi um evento traumático na História judaica. De uma só vez, o povo judeu perdeu a sua independência, o seu Templo, e a sua terra natal.
Depois de o Reino do Norte de ter sido exilado, cerca de 200 anos antes, o exílio do Reino de Judá foi um duro golpe na presença judaica completa em Israel.
Nabucodonosor, Rei de Babilónia, tinha permitido apenas que as pessoas mais pobres permanecessem em Jerusalém. O período do cativeiro babilónico na Terra Santa antes da destruição do Templo teve efeitos profundos na religião e cultura judaica.


Outra cena famosa do cativeiro na Babilónia: o profeta Daniel interpreta o sonho de  Nabucodonosor.

O actual alfabeto hebraico foi adoptado por aqueles que permaneceram em Israel, substituindo o alfabeto israelita tradicional. Foi o último período de intensa profecia divina, principalmente por meio do profeta Ezequiel. E foi nesse momento que a Torá começou a ser compilada pelos principais estudiosos da Grande Assembleia que permaneceram em Jerusalém.
A divisão em"tribos" perdeu-se, com excepção da tribo de Levi, que continuou a ter o seu papel único como servidores do Templo.
Esta foi também a primeira vez, desde o reinado do Rei Saúl, que o povo judeu se viu sem um líder.

Ruínas da Babilónia, descobertas por pesquisadores europeus no início do século XX.

Sábios e estudiosos começaram a emergir como líderes, com destaque para Ezra e Neemias, sábios exilados que viriam a liderar o regresso do povo judeu à sua terra natal, desde a Babilónia.


Neemias impulsionou a reedificação do Templo

Gedalias, o líder judeu nomeado por Nabucodonosor como governador dos restantes judeus indigentes de Jerusalém, começou a revitalizar a cidade e, com ela, as esperanças do povo. No entanto, Gedalias foi assassinado por um judeu que se ressentia da sua proximidade com a regência da Babilónia, e as restantes famílias judias, temendo represálias dos babilónios, fugiram para o Egipto.
Só pelo decreto do Rei Ciro da Pérsia (actual Irão), em 538 A.E.C., é que os judeus foram finalmente autorizados a regressar à sua Terra Santa.


 


O actual Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tem lembrado esta antiga ligação entre as duas nações, e têm-se registado iniciativas israelitas de apreço pela Pérsia, nomeadamente a conhecida "ISRAEL AMA O IRÃO". Que foi teve resposta imediata através de "O IRÃO AMA ISRAEL":





 

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