Combatendo a "grande" Imprensa, esmagadoramente antissemita, que não tem qualquer objecção à existência de 60 Estados islâmicos (todos ditaduras e tiranias) e de infernos comunistas, mas difama grosseiramente o micro-Estado NATIVO de Israel, a única democracia do Médio-Oriente. Somos portugueses e assumimos o "crime" de não odiar Israel, contra a ditadura do bem-pensantismo esquerdista, globalista e cripto-nazi.
POSTAGENS ESPECIAIS DE CORRIDA
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sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Os jornalistas e Israel - 1
"Embora a obsessão mundial com Israel seja um dado adquirido, ela é na verdade o resultado de decisões tomadas por seres humanos individuais em posições de responsabilidade, neste caso, jornalistas e editores."
Uma repórter da TV faz uma transmissão em directo próximo da fronteira entre Gaza e Israel, quando começa um cessar-fogo de 24 horas, em 27 de Julho de 2014. (Ilia
Yefimovich / Getty Images).
Existe mais alguma coisa para dizer sobre Israel e Gaza? Os jornais, neste Verão, de pouco mais têm falado. Os telespectadores vêem montes de entulho e as nuvens de fumo durante o seu sono. Um
artigorepresentativo, de uma edição recente da revista The New Yorker,
descreveu os eventos do Verão dedicando uma frase a cada um dos
horrores na Nigéria e na Ucrânia, quatro frases aos genocidas
enlouquecidos do ISIS, e o resto do artigo - 30 frases - a Israel e Gaza.
Quando a histeria diminuir, acredito que os eventos em Gaza não serão lembrados pelo mundo como particularmente importantes. Pessoas foram mortas, a maioria deles palestinos, incluindo muitos inocentes desarmados. Gostaria de poder dizer que a tragédia da sua morte, ou das mortes de
soldados de Israel, vai mudar alguma coisa, que marcam um ponto de
viragem. Mas não será assim. Esta não foi a primeira das guerras dos Árabes com Israel e não será a última. A
campanha israelita foi um pouco diferente na sua execução de qualquer
outra travada por um exército ocidental contra um inimigo semelhante nos
últimos anos, excepto pela natureza da ameaça mais imediata à própria
população de um país, e pelos maiores esforços, porém inúteis, para evitar mortes de civis.
A importância duradoura da guerra deste Verão, creio eu, não reside na própria guerra. Ela está, em vez disso, na forma como a guerra foi descrita e passou para o
exterior, e na forma como foi posto a nu o ressurgimento de um velho
padrão de pensamento distorcido, e a sua migração das margens para o
mainstream do discurso Ocidental, a saber - a obsessão hostil com os judeus.
A
chave para compreender este ressurgimento não está será encontrada
entre os webmasters jihadistas, os teóricos de conspiração de cave, ou os
activistas radicais.
A chave do problema está,
em primeiro lugar, entre as pessoas educadas e
respeitáveis que povoam a indústria das notícias internacionais; pessoas decentes, muitos deles, e alguns deles meus ex-colegas.
Embora
a mania mundial com Israel seja um dado adquirido, ela é
na verdade o resultado de decisões tomadas por seres humanos individuais
em posições de responsabilidade, neste caso, jornalistas e editores.
O mundo não está a responder aos acontecimentos neste país, mas sim à descrição desses eventos por organizações de notícias. A chave para entender a natureza estranha da resposta deve, portanto, ser
encontrada na prática do jornalismo, e, especificamente, numa falha
grave que está a ocorrer nesta profissão, a minha profissão, aqui em
Israel.
Neste ensaio vou tentar fornecer algumas ferramentas para se entender as notícias de Israel. Eu
adquiri estas ferramentas como um "insider": Entre 2006 e o final de 2011 fui repórter e editor no escritório em Jerusalém da Associated Press, um
dos dois maiores fornecedores de notícias do mundo. Vivo em Israel desde 1995 e escrevo sobre o país desde 1997.
Este
ensaio não é um levantamento exaustivo dos pecados dos media
internacionais, não é uma polémica conservadora, ou uma defesa das políticas
israelitas. (Eu
sou um crente na importância dos media "mainstream", um liberal e um
crítico de muitas das políticas do meu país.)
Envolve inevitavelmente
algumas generalizações. Primeiro
vou delinear os principais lugares-comuns dos meios de comunicação internacionais
nas histórias sobre Israel - histórias sobre as quais as principais agências noticiosas pouco divergem. Como a
palavra "história" sugere, trata-se de construções narrativas que são em grande
parte ficção.
Tentarei inseri-las no contexto histórico mais amplo da forma como Israel tem
vindo a ser discutido e explicado, porque acredito que seja um motivo
de preocupação não só para as pessoas preocupadas com assuntos judaicos. Tentarei ser breve.
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