Voluntários xiitas responderam ao apelo de Sistani e preparam-se para defender Bagdad - Foto Ali al-Saadi/AFP
O pior está para vir, chama-se ISIS e prepara-se para destruir de vez o Iraque - PÚBLICO
Vale a pena transcrever um pouco do texto desta notícia do Público, que, para variar, descreve o horror da jihad, em vez de se refugiar em generalismos anódinos do tipo "situação volátil", e outros chavões jornalísticos politicamente correctos:
"Semeia-se, colhe-se, pede-se, recebe-se. Às vezes a dobrar, às vezes o que se pensou que se ia combater e que se acaba por criar. Um monstro, cem, mil. Osama bin Laden era muito perigoso, Abu Mussab al-Zarqawi também. Abu Bakr al-Baghdadi, que desde 2010 lidera o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS), é tão ou mais assustador.
Gente criminosa que se aproveita dos erros cometidos por políticos, líderes eleitos ou ditadores, gente sem escrúpulos que decapita e cruxifica como quem estala um dedo. Gente assim mete medo. E leva meio milhão de pessoas a fugir em dois dias de uma cidade de três milhões, como Mossul, no Iraque, e uma capital de seis milhões a fechar-se em casa. É Bagdad."
Hassan Rouhani do Irão diz-se pronto para ajudar os xiitas no Iraque e "pode pensar" em cooperar com EUA
Para quem esteja minimamente familiarizado com a rectórica de ódio constante aos Estados Unidos, o "Grande Satã", por parte das chefias iranianas, esta notícia afigura-se de 1º de Abril!
Para quem desconheça os discursos inflamados de ódio, as marchas de apelo à destruição dos Estados Unidos e de Israel, fará sentido. Hoje em dia, tudo faz sentido. Vivemos numa realidade virtual, desenhada pela narrativa dos media.
Espera-se que Barack Obama, que já só pensa no final do mandato e em passar o resto da vida na praia a beber água de coco, não seja ingénuo ou louco a ponto de se querer despedir vendendo uma imagem de grande estadista que transformou um adversário de décadas em "aliado".
O poster boy de todas as esquerdas já só pensa na praia e na água de coco
Uma liderança que desde há décadas faz da destruição dos Estados Unidos e de Israel o seu objectivo prioritário, não deixará de aproveitar a ajuda, para depois roer a corda. É essa a estratégia assumida, internamente, por exemplo em relação às negociações de Genebra sobre o programa nuclear.
Por outro lado, Obama pode ter um assomo de racionalidade e não alinhar. Afinal, tal seria confirmar a incoerência impressionante da sua política externa: ajudar os jihadistas na Síria, e ao mesmo tempo combater os mesmos jihadistas no Iraque.
Fonte:
"Hassan Rouhani diz-se pronto para ajudar o Iraque e afirma que 'pode pensar' em colaborar com os EUA"
Reuters, 14 de Junho de 2014
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