POSTAGENS ESPECIAIS DE CORRIDA

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Jesus, Judeu e Circuncidado - 2


Esta ilustração poderia também ter sido usada, com vantagem, na presente discussão sobre a circuncisão na Europa:


Os Egípcios terão adoptado a circuncisão a partir do contacto com os escravos Hebreus durante o cativeiro.

Ou então esta foto, de uma sessão de circuncisão colectiva de meninos na Turquia. Mas, pensando bem, tal seria altamente contra indicado, sob pena de se levantar a questão da "islamofobia":



Para que conste, entre os muçulmanos - que ficaram de fora da directiva anti-circuncisão da UE - a circuncisão é feita entre os 5 e os 8 anos na Argélia, Marrocos, Tunísia; entre os 9 e os 10 anos no Egipto; entre os 10 e os 15 anos entre os senegaleses, etc..

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2009, 661 milhões de homens de mais de 15 anos eram circuncidados, repreentando cerca de 30% da população masculina mundial.

Os muçulmanos eram na altura 1 bilião e 500 milhões, sendo que os homens muçulmanos são circuncidados. Os judeus, graças à benevolência das nações - nomeadamente as europeias - representam actualmente 0,2% da população mundial.

Embora não seja mencionada no Alcorão, a circuncisão é praticada pela maioria dos muçulmanos, que representam 68% dos homens circuncidados no mundo!. Os clérigos muçulmanos estão divididos entre duas opiniões: a obrigação ou a forte recomendação da circuncisão. A circuncisão é mencionada em diversas directivas religiosas da literatura clássica religiosa islâmica, mas não no Alcorão. Por exemplo na hadith de Abu Huraira, 4:575 "O Mensageiro de Allah disse: Abraão circuncidou a si mesmo com a idade de 80 anos, com uma enxó ". O texto original é este:

וְאַבְרָהָם - בֶּן - תִּשְׁעִים וָתֵשַׁע , שָׁנָה : בְּהִמֹּלוֹ , בְּשַׂר עָרְלָתוֹ .

Abraão tinha 99 anos (e não 80 anos como relatado na hadith), quando fez a circuncisão a si mesmo.


Terão os editores do jornal «La Libre Belgique» a noção do tremendo mau-gosto da foto do menino com o sinal infame da estrela? Terão pedido a opinião da criança que usaram como modelo? Saberá o menino, nascido neste milénio, qual é o significado do símbolo que lhe puseram na camisa, em 2013? O que pensará ele quando chegar à idade de avaliar as implicações da foto?


(continua)

2 comentários:

  1. Disse: « os muçulmanos - que ficaram de fora da directiva anti-circuncisão da UE - ». Não duvido de si, mas podia remeter-me para uma fonte? E sabe o motivo alegado para essa excepção?

    FS

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    1. Olá amigo FS,

      Veja sff o post http://amigodeisrael.blogspot.pt/2013/10/renunciar-ao-judaismo-ou-partir.html e as respectivas fontes.

      A explicação oficial é que a circuncisão é permitida desde que os menores possam dar o seu consentimento. Ora quando os muçulmanos fazem a circuncisão, já falam. Os judeus, aos 8 dias, não :-)

      As razões apontadas pelas pessoas que apresentaram esta proposta é de que a circuncisão é uma mutilação, e que esta é feita sem o consentimento das crianças.

      Contudo, a circuncisão, se bem feita, não tem contra-indicações médicas, e é até aconselhada pela OMS para combater as DST. E quanto a ser uma mutilação, não se tem conhecimento de judeus que lamentem terem sido «mutilados» aos 8 dias de idade.

      Agora imaginemos um rapaz de, digamos, 12 anos, muçulmano. Ele pode dar o seu consentimento verbal, mas aos 12 anos já será suficientemente independente dos pais para se negar a uma prática cultural basilar na sua comunidade?

      E a mutilação genital feminina (essa sim, uma amputação grave, com consequências graves para a saúde física e mental), a que as autoridades fecham os olhos porque "respeitam as diferenças culturais"? Essa mutilação é feita nas comunidades muçulmanas, mesmo em Portugal, e ninguém se rala. Ou por exemplo os casamentos infantis na comunidade cigana, que também ocorrem em Portugal e aos quais as autoridades também fazem vista grossa?

      A razão oficial é o ser uma «mutilação», mas se os verdadeiros abusos passam incólumes desde que venham de outras comunidades, é de crer que haja aqui algum preconceito antissemita, mesmo que inconsciente.

      Embora eu não professe nenhuma religião, sou capaz de me colocar no lugar das pessoas de religião judaica e imaginar que sentirão o que sentiriam os cristãos se não os deixassem baptizar os filhos.

      Abraço e obrigado por nos ler.

      I. B.



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