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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Irão obriga EUA a "prostrarem-se"

Pela primeira vez desde 1979, os chefes da diplomacia de Washington e Teerão encontraram-se a sós.
- Público

O Irão declara vitória sobre Obama, e diz que os EUA "chegaram à conclusão de que não podem desafiar o poderoso Irão". Não podem? Não é bem assim. Podem mas não vão, enquanto Obama estiver na Casa Branca. Obama ou um qualquer sucedâneo.


"O Irão declara vitória sobre Obama" 
Adam Kredo para o Washington Free Beacon, 26 de Setembro:      
Um líder militar iraniano disse que "o poder e a resistência" do seu país forçaram os Estados Unidos e o presidente Barack Obama a prostrarem-se diante de Teerão,  de acordo com relatos dos media estatais iranianos.

    O assessor militar do líder supremo iraniano Ayatollah Khamenei disse que o Irão obrigou um Obama fortemente armado a aceitar os seus direitos nucleares.
 "Os americanos escolheram sensatamente a flexibilidade e a retirada, no que concerne ao Irão", disse o major-general Yahya Rahim Safavi, citado na quarta-feira pela agência de notícias Fars .

    
Os Estados Unidos "chegaram a esta conclusão porque não podem desafiar o poderoso Irão", acrescentou Safavi.
   A imprensa iraniana celebrou o discurso de Obama perante a Assembleia Geral das Nações Unidas no início desta semana , descrevendo-o como tendo um "tom diferente" e ser um "novo caminho", de acordo com relatos.

    
Um jornal iraniano ainda declarou: "o tempo de mudança chegou", de acordo com a AFP .

    
Os líderes militares iranianos, tal como Safavi, alegam que a mudança da rectórica de  Obama sinaliza a chegada de Teerão a potência mundial.

    
"Parece que os americanos entenderam o facto de que o Irão é um país poderoso e estável na região, que usa métodos lógicos e sábios no confronto com os seus inimigos", disse
Safavi à Fars  em entrevista.

    
"O Sr. Obama, como presidente dos EUA, anunciou pela primeira vez que 'não está interessado numa mudança de regime no Irão, e respeita o direito da nação iraniana ao acesso à energia nuclear pacífica',
direito assim consolidado pelo Irão", acrescentou.

    
Mas, enquanto a atitude de Obama pode estar a mudar, o Irão tem a intenção de manter a sua retórica radical, de acordo com Safavi, que afirmou:

    
"Teerão vai manter a sua posição em relação aos EUA, e não pode esquecer a animosidade dos EUA ao longo das últimas décadas
, incluindo o seu apoio às agitações de rua em 2009".

    
Safavi também criticou Obama por este falar sobre a possibilidade de um maior isolamento do Irão, se este país continuar a perseguir as suas ambições nucleares, e ter convidado Teerão a escolher outras formas de lidar com as questões regionais e internacionais.
    "A América deve imediatamente remover as sanções económicas e criar passo a passo uma confiança mútua, para então podermos ter esperança", disse Safavi, que também pediu que aos americanos para "desistirem da sua obstinação continuada contra o Irão e deixarem de seguir o lobby sionista".

    
Um alto legislador iraniano ecoou comentários de Safavi na quarta-feira, quando declarou que Obama mudou de tom "por causa da resistência mostrada pelo governo iraniano e pela nação", segundo a Fars ....



- Mais palavras para quê?  A grande aspiração dos países da região - destruir Israel e atirar os judeus para o mar - está assim mais próxima. Não há muito tempo, Obama vetou uma intervenção militar de Israel para parar o programa nuclear iraniano. Ele lá sabe porquê.

2 comentários:

  1. Em 9 de Novembro de 2012, deixei o seguinte comentário ao post "Algumas reações à vitória de Obama" do Blog Lisboa-Tel-Aviv:
    "Não vejo qualquer motivo de regozijo, muito pelo contrário, pela reeleição do presidente Barack Obama, face ao que se lhe viu fazer e dizer no primeiro mandato no âmbito da política externa americana. Sendo as eleições presidenciais americanas um assunto que primeiramente diga respeito aos cidadãos norte-americanos, não é sem razão que elas mobilizam atenções e interesse por todo o mundo, precisamente pela importância dos Estados Unidos na defesa e preservação do mundo livre. E pelo que se viu até aqui, o que ele fez mais foi no sentido de alienar essa posição dos Estados Unidos. Saliento particularmente três aspectos marcantes dessa sua política externa, a meu ver, desastrosa: o discurso na Universidade do Cairo em 2009 no início do seu mandato cuja acção continuada veio a dar resultado à “primavera árabe” cujos efeitos e consequências estamos ainda longe de ver na sua plenitude; a alocução televisiva ao povo, mas também e particularmente, aos líderes iranianos, também em 2009, na qual manifestou de forma clara uma subserviência dos Estados Unidos perante as lideranças iranianas e um “wishful thinking” que arrepia, ao acreditar ser possível apelar a boas práticas de humanismo e respeito mútuo da parte daqueles líderes a ao demonstrar uma ignorância total sobre as suas verdadeiras motivações. Por último, a atitude “musculada” que tem mantido com Israel, seu principal aliado e única democracia do Médio Oriente ao mesmo tempo que tem “embarcado” na retórica palestiniana o que, receio, veremos agravar nos próximos tempos. Espero, muito sinceramente, vir a enganar-me!" (http://lisboa-telaviv.blogspot.pt/2012/11/algumas-reacoes-vitoria-de-obama.html)
    Infelizmente está a confirmar-se o pior cenário: Obama declarou neste seu último discurso na AG da ONU que o povo iraniano tem todo o direito a um programa nuclear para fins pacíficos (basta que o Irão diga que é para fins pacíficos que logo se acredita que sim...) e Israel tem que desocupar a Judeia e Samaria - o que implica entregar aquele território de "mão beijada" aos terroristas "palestinianos" - dizendo o que Israel deve fazer, mesmo antes da conclusão das negociações que decorrem entre Israel e a AP para obtenção de um acordo sobre a questão, que ele próprio patrocinou! Por aqui se vê o verdadeiro objetivo da Administração Obama no que concerne a Israel! E, entretanto, dará ao Irão mais tempo para fortalecer o seu programa nuclear e enganar o Ocidente com as negociações já iniciadas entre John Kerry e o MNE do Irão. Israel vê-se, assim e mais uma vez, entregue a si próprio. Mas como já anteriormente demonstrou, por diversas vezes e contra todas as adversidades, o Povo Judeu regressou definitivamente à sua Terra para não mais dela ser retirado!

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    1. Subscrevo inteiramente. Obama, na minha modestíssima opinião, é um poster-boy, é um político cheio de estilo, com as suas pernas compridas, o seu cigarro, a sua simpatia e a sua simpática família, que seria óptimo para captar votos e estar sentado num Senado. Não acredito na teoria da conspiração de que ele tenha um pacto secreto para favorecer o Islão globalmente. Acho-o simplesmente um loonie-lefty, um tanto auto obcecado, que deseja ficar na História como o mais belo, o mais forte, o mais pacificador, o mais tudo. É um paradigma vivo da ingenuidade da esquerda mais ingénua.

      I.B.

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