POSTAGENS ESPECIAIS DE CORRIDA

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O moderado Rouhani



"A dois dias de tomar posse, o Presidente eleito do Irão classificou o Estado de Israel como “uma ferida” no Médio Oriente. Uma primeira versão das suas declarações – em que era referida a necessidade de “remover” essa ferida – levou o Governo israelita a dizer que Hassan Rohani demorou menos tempo do que o esperado a revelar “a sua verdadeira face”.

Público

Quem leia o artigo do Público não terá dúvidas, desta vez. O líder "moderado" do Irão deixou claro mais uma vez que considera que Israel não tem direito a existir. O que é apoiado por gritarias como a deste leitor:
"OS JUDEUS FORAM QUASE EXTERMINADOS POR HITLER, FOI UMA VERGONHA... AGORA OS MESMOS JUDEUS MASSACRAM OS PALESTINIANOS,ISSO JÁ NAO IMPORTA... HIPÓCRITAS..."


Muita Imprensa Ocidental tem culpas na má imagem do país. Não explica a pequenez de Israel e o microscópico território que o Ocidente lhe devolveu, quando traçou as fronteiras do que conhecemos por Israel, Jordânia, Síria ou Líbano:



Não explica que Israel e os Judeus são a Nação e o Povo nativo de Israel, e que tiveram permanência ininterrupta na sua Terra, apesar de todas as ocupações, expulsões, massacres e perseguições. 

Não explica que Israel é odiado no Médio-Oriente apenas e só por uma questão religiosa. Porque os islamistas odeiam cristãos, judeus, e no geral todas as religiões, porque têm uma ideologia supremacista e não permitem um país não islâmico no seu seio.

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A BBC, por exemplo:




A BBC, por exemplo, conta que Rouhani, do Irão refere-se a Israel como uma "velha ferida" no mundo islâmico. O presidente eleito Hassan Rouhani denunciou a "ocupação israelita de territórios palestinianos" como uma "velha ferida no corpo do mundo islâmico" - diz a prestigiada cadeia... fazendo parecer que Rouhani fala apenas sobre os territórios conquistados em 1967 - em resposta à agressão Árabe, e que são seus à luz do Direito Internacional. 

Chama-lhes "áreas palestinianas". Esta é a terminologia habitual da BBC para se referir aos territórios. A BBC engana os seus leitores, levando-os a acreditar que Rouhani só falou da odiada "ocupação", mas que não tem nenhum problema com a existência de Israel. O Irão considera que todo o Israel é território "ocupado". Por isso esta terminologia no título e subtítulo é enganadora - e, aparentemente, propositadamente.

Rouhani deixa claro que ele se referiu a todo o Israel na parte citada a seguir:

     "Há uma velha ferida no corpo do mundo islâmico, sob a sombra da ocupação das terras sagradas da Palestina e Quds [Jerusalém]."


O Washington Post e outros relataram correctamente o significado das declarações de Rouhani:

     "O novo presidente do Irão na sexta-feira chamou a Israel uma "velha ferida", que deve ser removida."

No entanto, a BBC escolheu deliberadamente manipular a informação para minimizar os comentários de Rouhani, aparentemente a fim de fazer passar a ideia de que Rouhani é um "moderado".

A BBC está orgulha-se de ser capaz de detectar qualquer nuance que faria o novo presidente iraniano parece ser menos "conciliador".


Fonte: Elder of Ziyon 

- Desta vez o Público não foi parco na descrição nem foi malabarista como a BBC. Ora leia:

"Num outro comício, também em Teerão, o ainda Presidente Ahmadinejad voltou a usar a retórica contra Israel que o tornou célebre. “Digo-vos, com Alá por minha testemunha, que uma tempestade devastadora vai arrancar as bases do sionismo”, afirmou o líder ultraconservador, ovacionado por milhares de apoiantes, sublinhando que “Israel não tem lugar na região”. Acusou ainda os países ocidentais de fomentarem a instabilidade no Egipto e a guerra civil na Síria. “Sempre foi o seu sonho verem a vontade dos países da região destruída [por Israel] e mergulhando na guerra civil”.

- Só falta a certa Imprensa contar a História com correcção, princípio, meio e fim.

1 comentário:

  1. Nada de novo na frente oriental... Quem preste um pouco de atenção ao assunto vai acabar por reparar que os líderes islâmicos têm um discurso para consumo externo (Israel e as políticas externas Americana e Europeia são a causa de todos os conflitos) e outro para consumo interno (a luta contra os países não muçulmanos e a imposição do Islão em todo o mundo é o dever de todos os muçulmanos devotos e capazes).

    Quando se chega ao ponto de a embaixadora norte-americana Anne Patterson ser vista como aliada por políticos pró-Morsi e Irmandade Muçulmana e como vilã por pela população em revolta por não querer viver sob o jugo da lei sharia (facto que pareceu passar ao lado das grandes agências de notícias internacionais) está tudo dito!

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