POSTAGENS ESPECIAIS DE CORRIDA

quarta-feira, 3 de abril de 2013

'Arábia Saudita: mulheres já andam de bicicleta e mota'

O título deste post é igual ao da notícia do Correio da Manhã, que tomei a liberdade de transcrever abaixo, entre aspas.

O que é especialmente irónico nesta temática da condição feminina x Islão, é que muitas mulheres são capazes de me acusar de «intolerante» por chamar a atenção para um FACTO: No mundo islâmico as mulheres são consideradas e tratadas como seres inferiores aos homens.

Existe um imaginário de que o Islão trata as mulheres como flores perfumadas, etc., etc.. Não trata coisa nenhuma. Tal como no mundo Judaico-Cristão de antanho, as mulheres no Islão estão ainda muito abaixo dos homens.

Ainda assim, o Islão parece exercer um fascínio imenso sobre as mulheres ocidentais, que por cá gozam de todas as liberdades (até a de não terem religião), mas que se lá vivessem nem andar na rua sozinhas poderiam Como pode explicar-se esta contradição? Talvez se trate de um caso de «quanto mais me bates mais eu gosto de ti»...

Aqui, uma mulher ocidental visita a Arábia Saudita e «chora perante a beleza do Islão», como consta na descrição do vídeo, que apela à conversão «à única religião certa»:



Tenho a certeza de que boa parte das mulheres ocidentais islamófilas que por aí há se apressariam a responder-me coisas tais como:

a) Isto é uma notícia do Correio da Manhã, portanto não tem credibilidade.

b) «Cá» também há países onde as mulheres têm menos direitos que os homens.

c) Mas as coisas estão a mudar.

d) Isto são tudo invenções da Imprensa, o mundo islâmico é só paz e igualdade.

Argumentos errados. As coisas «lá» são mesmo assim, nuns sítios mais que noutros, e enquanto a Arábia saudita, Marrocos ou a Jordânia, por exemplo, dão sinais de mudança para melhor, noutros países assiste-se a um recuo nos direitos humanos, nomeadamente nos das mulheres.

Para que não restem dúvidas, esclareço que não tenho NADA contra o Islão nem contra qualquer religião. Gostava era de ver TODAS as religiões a actualizarem-se, a deixarem para trás costumes de outras épocas e a manterem e intensificarem o apelo à Paz, Amor e Igualdade que todas encerram.

E agora a notícia do CM, com os meus parabéns às mulheres sauditas, que bem contentes devem estar:


«As mulheres da Arábia Saudita ganharam mais um direito, naquele que ainda é um dos países que apresenta mais discrepâncias em matéria de igualdade de sexos.

Segundo informou um jornal local, já é permitido às mulheres andar de bicicleta e de moto, ainda que apenas o possam fazer quando acompanhadas por um homem da sua família e vestidas de forma respeitável, não podendo assim deixar de lado a tradicional abaya usada pelas mulheres islâmicas, que cobre o corpo da cabeça aos pés.

O uso de bicicletas pelas mulheres apenas vai ser permitido em parques e áreas recreativas, excluindo o seu uso como normal meio de transporte, e devem ser evitados locais onde onde homens se reúnam, para fugir ao assédio.


Outro pequeno avanço no que toca à matéria de igualdade de direitos, foi a recente decisão de criar clubes desportivos femininos, segundo relatou o jornal Al-Watan, num país que é contra a prática desportiva das mulheres.

A Arábia Saudita é o país árabe com maior área territorial, e foi o local de nascimento do Islão. 

OUTRAS RESTRIÇÕES

As mulheres na Arábia Saudita têm um responsável ou guardião, que pode ser o irmão, o pai ou o marido, do qual dependem da autorização para casar, ou obter divórcio, para viajar, estudar, trabalhar, ou mesmo para abrir uma conta bancária. 

Também não lhes é permitido sair à rua sem estarem acompanhadas pelo marido ou por um familiar.

A condução é outro direito que as mulheres deste país árabe ainda não conseguiram conquistar até ao momento. Para além de tudo isto existem nos espaços púlicos várias entradas e espaços diferentes para separar homens e mulheres.»

2 comentários:

  1. Homens a bordo de aviões já atrasaram voos pelas hospedeiras não irem com o seu guardião. Para a Síria estão a ser levadas mulheres para satisfazer os "combatentes". Várias fatwas legitimam a violação de mulheres na Síria.

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  2. Tenho uma familiar que é hospedeira de bordo e maldiz a vida quando tem que fazer voos com muçulmanos de certos países. Como as hospedeiras andam sem «guardião» e não andam todas tapadas eles vêem-nas como um misto de prostitutas e escravas e comportam-se inenarravelmente, por exemplo entornado sumo de propósito para as mandar limpar, apalpando-as, etc.. Os aviões ligam mundos que estão muitos quilómetros e muitos séculos de distância. Quando eu era garoto ainda me lembro de ver o comércio a parar literalmente para ver passar uma rapariga de mini-saia, entre gritos e uivos dos homens e insultos das mulheres «sérias», mas isto é ridículo! :)
    P.S. - Curiosamente, as mulheres que vão em tais voos, em alguns casos pedem discretamente desculpa às hospedeiras.

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