POSTAGENS ESPECIAIS DE CORRIDA

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Leonard Nimoy e Mr. Spock



  Leonard Simon Nimoy (26 de Março de 1931 – 27 de Fevereiro de 2015)
 

Morreu Leonard Nimoy, o actor, poeta, músico e fotógrafo norte-americano, que associaremos para sempre à série de ficção científica Star Trek e à personagem de Mr. Spock, o ultra-racional alienígena do planeta Vulcano, cuja saudação "Vida longa e próspera!" entrou na cultura popular, acompanhada da típica saudação "vulcano" (ver imagem à esquerda).

Nimoy nasceu em Boston, Massachusetts, filho e imigrantes judeus-ortodoxos que fugiram da União Soviética, mais precisamente da cidade de Iziaslav, hoje território da Ucrânia.

VIDA LONGA E... ESTÁVEL

A sua carreira começou aos 8 anos, num grupo de Teatro local. Os pais não eram entusiastas da paixão dramática de Leonard, e, como todos os pais, queriam que ele estudasse, para ter uma "vida estável". O pai preferia mesmo que ele aprendesse acordeão, que lhe garantiria sempre sustento, mas o avô acabou encorajou-o a seguir a sua vocação. E ainda bem.

Hora da refeição e horas de caracterização

  
A MENSAGEM DE STAR TREK

Nos anos 60, um elenco tão etnicamente diversificado, só mesmo na ficção científica...

A personagem Spock foi um dos grandes trunfos da série - juntamente com os inesquecíveis Kirk, Uhura, Sulu, Picard, Data, Pavel Chekov, Geordi La Forge e outros membros de uma tripulação diversificada e carismática.

Star Trek exaltava os valores da União e da Paz (a Confederação Inter-Galáctica de Planetas era uma espécie de ONU - mas em bom!), da convivência harmoniosa entre pessoas de origens diversas (algumas extra-terrestres, como Spock), e fazia-nos reflectir sobre a futilidade da violência e da discórdia em face do Imenso Desconhecido que nos cerca.


UMA CARTA INSPIRADORA


O elenco multi-racial de Star Trek foi inspirador para muita gente que se debatia com o preconceito, ainda muito vivo nos anos 60. Uma rapariga "mestiça" (como se dizia na altura), dirigiu uma carta a uma revista juvenil da época, pedindo conselhos para enfrentar situações de discriminação.



Leonard Nimoy, que mantinha uma coluna na publicação, deu-lhe uma longa e calorosa resposta, usando a sua personagem. Aqui vai um excerto:

“Spock aprendeu que poderia impedir que o preconceito o derrotasse. Conseguiu-o cultivando a sua auto-estima e valorizando-se como pessoa.
Ele entendeu que era igual a quem quer que o tentasse humilhar - igual na sua diferença.”
“Quando pensamos em pessoas que deram grandes contributos ao Mundo, verificamos que essas pessoas não estiveram dependentes da popularidade ou da aceitação, porque elas sabiam que tinham algo de importante para dar, ainda que o seu contributo parecesse insignificante. Fizeram o que tinham que fazer e foram aceites, em paz e com amor.”

Nimoy não se apontou a si mesmo como exemplo, mas poderia tê-lo feito. Também ele pertencente a uma minoria especialmente incompreendida e perseguida, imigrante, de família humilde, não se coibiu de viver a sua vida como bem lhe aprouve e de fazer o seu melhor, em tudo. 

Esta ideia, de fazer o que deve ser feito, contra toda a adversidade, é um tema central na cultura e na religião judaica. Talvez Mr. Spock também fosse judeu. De uma tribo perdida nos confins do Espaço.


BONUS TRACK



Kirk e Uhura in love

No showbusiness  já se estava muito à frente, para os padrões vigentes. Os actores que davam vida ao Capitão Kirk e à Tenente Uhura (caucasiano e africana, respectivamente) num intervalo de filmagens de "The Wrath Of Khan", foram apanhados em flagrante delito de namoro "inter-racial".


HOMENAGEM

A série tem legiões de admiradores de várias gerações, e influenciou muitos jovens a seguirem carreiras como a de investigador científico, engenheiro e astronauta. Neste vídeo, os astronautas Mike Fincke (NASA) Luca Parmitano (ESA/Agência Espacial Europeia) falam do legado de Spock:


Nimoy era fluente em Yiddish - o dialecto judaico da Europa Oriental - e membro activo comunidade judaica. Foi narrador do documentário "A Life Apart" sobre o Judaismo Hassidico nos Estados Unidos, e deu vida ao Projeto Shekhina, um estudo fotográfico explorando o aspecto feminino da presença de Deus, inspirada pela Kabbalah, a faceta mística do Judaísmo.

Há quem nunca tenha visto um judeu na vida. Pois bem; se viram o Leonard Nimoy a interpretar Mr. Spock, já viram um. As orelhas em bico não são de série.

Vida longa e próspera, Leonard Nimoy!

E aqui vai um episódio completo, dobrado para Português, e com muito para reflectir:


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Deixar de fumar a dormir




Sempre entusiasta de invenções (sobretudo na área da Saúde e do Ambiente), confesso que esta me deixou uma pontinha de inveja. Lutei muitos anos contra o hábito do tabaco. E sempre notei que o cigarro sabia especialmente mal quando associado a odores desagradáveis. Cientistas israelitas, reeditando a parábola do Ovo de Colombo, deram o passo que não me ocorreu:

Israel procura solução para um piores hábitos do mundo -  fumar.
Cheiro de peixe podre e ovos podres poderão curar o vício de fumar? Cientistas israelitas do Instituto Weizmann de Ciência, em Rehovot, desenvolveram um método inovador para afastar os fumandores do seu hábito pernicioso.
Uma equipa de cientistas israelitas do Instituto Weizmann levou a "aprendizagem durante o sono" a um novo patamar. A investigação, publicada no Journal of Neuroscience, sugere que certos tipos de condicionamento, aplicados durante o sono, podem induzir o paciente a mudar o seu comportamento.
Numa tentativa de influenciar o comportamento dos fumadores, os pesquisadores expuseram-nos, durante o sono, a combinações de odores desagradáveis com o do fumo de cigarros. Depois, pediram-lhes que registassem quantos cigarros fumavam por dia, nas semanas seguintes. O estudo revelou uma redução significativa no hábito de fumar.
Os fumadores passaram a associar o acto de fumar com o odor repugnante de ovos estragados e peixe podre.
O Dr. Anat Arzi, do Departamento de Neurobiologia do Instituto Weizmann (imagem à esquerda), sob a liderança do Professor Noam Sobel, demonstrou anteriormente que o condicionamento associativo, em que o cérebro é treinado para associar subconscientemente um estímulo com outro, pode ocorrer durante o sono, nomeadamente com odores.
Embora os voluntários que participaram na experiência não se lembrassem dos odores a que foram expostos durante o sono, reagiram-lhes inconscientemente.
Este estudo foi realizado com 66 voluntários que queriam parar de fumar, e não estavam a ser tratados para tal. O tabagismo foi escolhido para o estudo porque é um comportamento que pode ser monitorizado, e a evolução pode ser quantificada.
Sobel e Arzi sugerem que este método de modificação de hábitos através de condicionamento pode ser uma direção promissora no combate aos vícios, porque o centro de recompensa do cérebro, que está envolvido nos comportamentos viciantes - como o tabagismo - está intimamente ligado às regiões cerebrais que processam os cheiros. Algumas destas regiões não só permanecem activas enquanto dormimos, como a informação que elas absorvem pode até ser reforçada durante o sono.
Arzi disse que a sua equipa ainda não inventou uma maneira de parar de fumar durante o sono. Isso requer um tipo diferente e mais específico de estudo, explicou. "O que nós demonstrámos é que o condicionamento pode ocorrer durante o sono, e esse condicionamento pode levar a mudanças comportamentais reais. O nosso sentido do cheiro pode ser um caminho de entrada para o nosso cérebro, de modo que, ao dormir, talvez possamos, no futuro, mudar comportamentos viciantes ou prejudiciais".
Traduzido, condensado e adaptado de United With Israel

Abrem-se, com efeito, horizontes de pesquisa deveras promissores. Note-se contudo que existe aqui uma forte probabilidade de os cientistas terem plagiado este modesto blogue. Por diversas vezes aqui declarámos que deixámos de ler o jornal Al-Público devido ao fedor abominável que este a dada altura passou a exalar!



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O Verdejante Deserto da Judeia

Mais um vídeo espectacular do nosso já conhecido cineasta Amir Aloni. Desta vez é o Deserto da Judeia (a região de Israel que deu o nome ao povo judeu e à religião judaica). Após as chuvas, o deserto ganha vida renovada. Evoca a resistência do povo nativo desta Terra, perante todas as adversidades que enfrenta, há milhares de anos.


A Terra de Israel dos nossos dias, apesar de ter sido amputada de vastas regiões que estão sob domínio Árabe (a chamada Jordânia, por exemplo), encerra ainda beleza e diversidade que maravilham os olhos e nos fazem sonhar com os eventos marcantes da História da Humanidade que aqui decorreram.

http://unitewithisrael.org/ebooks/places/?utm_campaign=Places%20Ebook&utm_source=UWI%20article&utm_medium=article
Israel, desde a Cidade Velha de Jerusalém ao Mar da Galileia, passando por muitos outros lugares de grande significado e encanto, é um país que apetece visitar. Mas como a vida não está fácil, pode fazê-lo desde sua casa, com este livro digital que que a organização United With Israel disponibiliza. Basta clicar na imagem à esquerda e fazer o download. É gratuito, e eles não vão divulgar os seus dados, esteja descansado.

De caminho, pode tornar-se mais um subscritor da newsletter desta organização, que ultrapassou recentemente os 3 milhões de subscritores.

Os nossos votos são de que desfrute deste passeio virtual pela Terra Santa, que inclui uma lista dos 10 lugares mais interessantes a visitar. Enquanto junta uns tostões para a viagem, ou enquanto recorda as visitas que já lá fez.



quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Inventando a "Palestina" e os "palestinos" - 3

O Rei David trazendo a Arca da Aliança para Casa, conforme relatado no Segundo Livro de Samuel, capítulo VI. Imagem do Instituto do Templo. Segundo a narrativa islâmica-soviética forjada nos anos 60 do século XX, todos os Reis, Profetas, Sacerdotes, todo o Povo Judeu, toda a História e Cultura Judaicas, seriam afinal... Árabes e Muçulmanas. Haja paciência!!!

A despropositada simpatia pela "causa palestina"

Se leu os dois posts anteriores e viu cuidadosamente os vídeos, já sabe que os Árabes acorreram em massa a Israel, a fim de reivindicarem a Terra para eles, antes que os Judeus no exílio voltassem, quando se preparava a restauração da independência do Estado Judaico.
Isto significa que, quando um número significativo de judeus entraram na Terra de Israel havia Árabes que já lá viviam.

Há muitas reivindicações que dizem que os judeus expulsaram
os Árabes à força. O suposto evento é chamado de "Nakba", que significa "catástrofe".
(O que sucedeu foi exactamente o oposto, como temos mostrado repetidamente. Os líderes Árabes muçulmanos não se contentaram com uma divisão da Terra que lhes deu a parte de leão (88%) e que constitui hoje a Jordânia. Assim que lhes "cheirou" a restauração da independência de Israel, iniciaram os ataques contra os Judeus, e, na véspera da proclamação, uma força conjunta de países Árabes atacou Israel, que ainda nem tinha Exército. Contra todas as expectativas, Israel ganhou a guerra! E isso o Mundo Islâmico não lhe perdoa. Para começar, os Judeus que viviam em países Árabes foram perseguidos, expulsos e massacrados. Essa sim, foi a verdadeira "Nakba". Depois, tem sido uma guerra de fogo e de propaganda, sem interrupções, desde 1948 - o conflito mais antigo do mundo, na actualidade!).

Tudo isto este blogue tem mostrado, de permeio com outros temas ligados a Israel.
Mas... o que aconteceu com os Árabes que foram para a Terra de Israel, como peões no jogo que visava abafar a Restauração da Independência? Para onde foram eles? O que os fez sair?

Aqui está a resposta, bem documentada, com filmes da época, com testemunhos de quem viveu esses dias, nomeadamente de Árabes:

Esperemos que alguma boa alma traduza para Português, ou pelo menos Castelhano, que a gente entende. Mesmo que não domine o Inglês, compreenderá que a "Nakba" é um evento forjado. E o tema será revisitado neste blog, para que não restem dúvidas.
A "Palestina" é uma invenção que visa a aniquilação de Israel e a extinção definitiva dos Judeus

Agora que o amigo leitor entende o que é a "Palestina" é de onde veio esse mito, p
or favor, compartilhe esta sequência de posts, para que as pessoas saibam a verdade sobre Israel. A propaganda "palestina" é das calúnias mais persistentes do mundo de hoje.
Não há nenhuma ocupação. O Povo judeu não "invadiu" a sua própria Terra. Israel nunca foi a Pátria do povo "palestino" - que, aliás, não existe nem nunca existiu. Jerusalém é a capital de Israel e não pode ser dividida ou transformada num Estado "palestino".

Em Paris, e em outras cidades europeias onde a população muçulmana atingiu mais de 5% da população nacional, Hitler é louvado a par com a "Palestina". Os ataques antissemitas fazem regressar o clima do Holocausto e recordam-nos que os Árabes muçulmanos foram grandes aliados do Nazismo. De que lado está você?

Voltamos a aconselhar:

Israel, a Comunidade Internacional e a paz com os Árabes

MITOS E FACTOS SOBRE ISRAEL
Se o amigo leitor tem honestidade intelectual e boa-fé, não deixe de se informar. Ninguém o obriga a "gostar" dos judeus e de Israel. Pode até odiar a ambos. Mas se for uma pessoa íntegra, pelo menos assuma o ódio pelo ódio, e não se escude em MENTIRAS.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Inventando a "Palestina" e os "palestinos" - 2

No post anterior - Inventando a "Palestina" e os "palestinos" - 1, vimos a origem do nome "Palestina".
Esclarecemos (mais uma vez) a origem do nome "Palestina", e, se é nossa visita recente, ficou a saber que tal designação foi dada à Terra de Israel, Pátria do Povo Judeu
por invasores e colonos. Os Romanos e os Britânicos renomearam a Terra de Israel como "Palestina" em referência à Filisteia, ou Terra dos Filisteus, um povo que aquando da ocupação Romana já estava extinto havia séculos, como tantos outros povos Antigos.
 PHILISTINE. 1. : a native or inhabitant of ancient Philistia - Dicionário Merriam-Webster
Quem são então os "palestinos", de que tanto se ouve falar desde que foram inventados nos anos 60, pela União Soviética, como forma de tentar eliminar Israel e os Judeus? Não são nativos de Israel, Eles mesmos o afirmam regularmente, como temos demonstrado inúmeras vezes.
De onde é que vieram os Árabes que invadiram Israel e que clamam aos quatro ventos, para consumo exterior, que a Terra é deles e sempre foi?
Aqui está a resposta:

Lamentamos não estar traduzido ou legendado. Pode ser que alguém de boa vontade se disponha a esse trabalho. 
A invasão e colonização de Israel pelos Árabes é tão recente que tudo está exaustivamente filmado, documentado, há testemunhas directas ainda vivas, e é impossível desmentir. Até porque eles mesmos, os invasores, não o escondem. 
Só gente com muito má vontade (ou muito desinformada) pode continuar a debitar a estúpida patranha dos Judeus que "roubaram a Terra aos Árabes". Mas se há nazzipies que afirmam que o Holocausto não existiu, que o Comunismo é um mar de rosas, que o Che Guevara foi um herói humanista, então, vendo bem as coisas, não é de admirar que o mito da "Palestina" Árabe perdure.. 
 Aconselhamos também: 

Israel, a Comunidade Internacional e a paz com os Árabes

MITOS E FACTOS SOBRE ISRAEL
Se o amigo leitor tem honestidade intelectual e boa-fé, não deixe de se informar. Ninguém o obriga a "gostar" dos judeus e de Israel. Pode até odiar a ambos. Mas se for uma pessoa íntegra, pelo menos assuma o ódio pelo ódio, e não se escude em MENTIRAS.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Rua da Paz

Aqueles aos quais nos acostumámos a chamar "pacíficos", optam pelo silêncio. Foi por essa e outras razões que o legislador Grego Sólon considerou crime qualquer cidadão acobardar-se perante uma discussão. 


"Mais terrível que uma guerra, é fazer de conta que ela nunca existiu! 

Pior ainda é esquecer e ostracizar as suas vítimas e os seus Heróis!"

Não sei quem é o autor deste pensamento, que se me afigura das coisas mais cristalinas e racionais que pode haver. Voltei a esbarrar com ele hoje, e lembrei-me do meu hippienazi preferido, uma mistura de pacifista lunático com teórico conspirativo new-age, mais umas doses generosas de filo islamismo (grande recitador das prédicas do xeque Munir), antissemitismo, e filosofia barata ao estilo Osho ou 'O Segredo' (Rhonda Byrne, Bob Proctor, e outros charlatães, perdão, outros ilustres arautos da Nova Era)...


DEMAGOGIA E FILOSOFIA BARATA



É tão bom ser bonzinho...


Em estado de êxtase místico, o meu hippienazi preferido lá vai desenrolando as suas teorias. Sempre com o famoso "sorriso inteligente"

Sabem ao que me refiro? É aquele sorriso tão característico dos Iluminados, que costuma seguir-se a qualquer declaração naturalmente absurda, que deixe as pessoas de cara à banda. Quanto maior é a absurdidade, maior é a estupefacção de quem a escuta. Consequentemente, mais "inteligente" é o sorriso do Iluminado.

Uma das teses preferidas do meu hippienazi preferido é de que "não se deve falar de guerras". Ponto final. As guerras não existiram, não existem, e não existirão, desde que as novas gerações sejam convenientemente condicionadas para acreditar que assim é. A palavra "guerra" deve ser varrida do Dicionário. "Arma", "espingarda", "espada", "batalha", "emboscada", "terrorismo", tudo isso deve ser omitido. E ai de quem se atreva a contrariar o guru pacifista, que ele fuzila-o logo ali. Com palavras, porque não tem uma G-3 à mão. 

"EU SOU PELA PAZ"


Soldados judeus na II Grande Guerra - Foto do Museu do Soldado Judeu na Segunda Grande Guerra.

Não me brindou com os pormenores da estratégia de erradicação da Guerra e da instalação da Paz, a não ser num pormenor: todas as ruas, praças, pracetas, becos e avenidas dos Heróis da Grande Guerra (ou de qualquer outra Guerra), devem ser imediatamente nomeados "da Paz"!

Também nestes pequenos aspectos, alguma limitação cognitiva deste filósofo da Nova Era se revela. Afirma categoricamente, sempre com as suas certezas absolutas e incontestáveis (e ai de quem o conteste...) que "não existe nenhuma Rua da Paz".  Mas até existem muitas ruas da Paz. Quase todas as localidades têm uma. "Basta uma pequena pesquisa na Internet" - como ele  costuma dizer. Em Lisboa, por exemplo, existe esta, que é humilde mas simpática, como é próprio da Paz.

Com o devido respeito, este tipo de raciocínio parece-nos simplesmente uma patetice. Mas é comum, esta demagogia, este fazer figura de bonzinho, e, perante a complexidade do Mundo e as teias que o Mal tece, afivelar o sorrisinho seráfico e afirmar, qual bonzo em mar de beatitude: "Eu sou pela Paz"

 DESRESPEITO E INSENSATEZ



Soldados norte-americanos na Segunda Grande Guerra, enviam "ovos de Páscoa" para Hitler. É graças a "gente rude" e "belicista" como esta, que hoje por cá andam cretinos  "pacifistas" (sem qualquer espécie de crítica, claro!) a debitar cretinices em liberdade.

É, em primeiro lugar, uma lamentável falta de respeito pelos sacrifícios inimagináveis que fizeram por nós os que deram literalmente o peito às balas. É ultrajante para os que foram para a guerra por amor dos seus filhos, dos seus familiares, dos seus amigos e vizinhos, do seu País, de nós. Esses heróis, a quem devemos a nossa Liberdade, são transformados por esta "teoria" em bestas sanguinárias.

É ultrajante para os que nos nossos dias arriscam as suas vidas em defesa do Mundo Livre. Em defesa também, desgraçadamente, do rabo destes teóricos da ingratidão. Far-lhes-ia bem umas férias nas frentes de batalha, ou mesmo entre os terroristas, para porem em prática as suas avançadas filosofias no terreno, e não no conforto de uma democracia ocidental, onde a sandice é livre, como tudo o resto.

É ultrajante para todas as vítimas, mesmo para os que foram obrigados a combater em guerras injustas. Decretar que se ignore as guerras passadas e presentes é um caminho seguro para que erros se repitam, e que as guerras, com todo o seu horror, continuem a campear. 


COM TANTO PACIFISTA, ACABAM-SE AS GUERRAS!



"Quando as pessoas vêem um cavalo forte e um cavalo fraco, por natureza preferem o cavalo forte" Osama bin Laden

Esta estratégia de negação das guerras tem a mesma coerência de quem tape os olhos para não ver o perigo que se aproxima. Mas parece ter bastante adeptos. Bombardeados com quantidades industriais de filosofias deste calibre, 72% dos portugueses declaram não estar disponíveis para lutar pelo seu País. 

São "pela Paz", também, presume-se.

Os outros 28% são sem dúvida uns monstros. Não admira que haja guerras, quando ainda há 28% de indivíduos brutos, rudes, que preferem defender os seus semelhantes a deixarem-se pacatamente decapitar, em fila, mansamente, como bons pacifistas Iluminados.

Se ao menos os Aliados, na II Grande Guerra, tivessem tido acesso a este mar de Sabedoria... Era tão simples... Quando os Nazis lá viessem, bastava atirar-lhes flores e dar vivas ao Hitler! Ops! Já me esquecia! Também não se pode dizer "Hitler". Nem "Nazismo". Nem "Holocausto". Sobretudo "Holocausto"...


Seja moderno! Omita o Holocausto! (Gaita, dissse outra vez!)

Este de que vos falo, declara, com orgulho (mas a espumar pela boca, aos saltos, como sempre que é contrariado) que teria muita honra em ser decapitado, juntamente com a família toda, pelos terroristas islâmicos. Um pacifista e pêras!


PACIFISTAS E BELICISTAS


A guerra dos mundos 
João Pereira Coutinho

No século XXI, só os piores estão prontos para a batalha. 
20.02.2015

Com o estalinismo soviético de volta e o terrorismo jihadista à solta pelas ruas da Europa, um estudo internacional resolveu perguntar se os portugueses estariam dispostos a lutar pelo seu país. A esmagadora maioria não está. Só 28% respondem afirmativamente, alinhando com a generalidade dos países europeus. Em contrapartida, o Médio Oriente e o Norte de África nem hesitam: marchariam para a batalha ao primeiro toque.
Não vale a pena procurar explicações para tão interessante fenómeno: é provável que o relativo conforto ocidental nos tenha tornado mais indolentes. Ou, então, mais ‘refinados’: a guerra é um negócio tão arcaico que a única coisa a fazer é negá-lo, na impossibilidade de o ilegalizar. Infelizmente para nós, há mais mundo para além do nosso mundo. Como dizia o poeta, um mundo onde os piores estão cheios de intensidade apaixonada – enquanto os melhores já não têm qualquer convicção.
CORREIO DA MANHÃ

Joseph Wald, soldado das Brigadas Judaicas, prepara um "presente para Hitler". Itália, 1944/1945.

É por causa de gente como o João Pereira Coutinho e como nós, uns malandros belicistas que não querem ir a correr oferecer o pescoço às facas dos jihadistas, ou atirar cocktails molotov contra a Polícia, que este mundo está como está. Com os hippienazis, com os modernaços evoluídos e pacifistas, que não dão brinquedos bélicos aos filhos, mas que acham um 'must' poético e heróico os meninos bomba muçulmanos, aí sim, todas as ruas serão ruas da Paz!



Poster das Brigadas Judaicas, que combateram na II Grande Guerra. Nessa altura, Israel estava sob ocupação Britânica. De Israel vieram 15 batalhões de voluntários judeus, que deram o seu contributo para que o Bem vencesse o Mal. Os Árabes, esses, alinharam com Hitler e colaboraram no Holocausto. Ops! Lá disse outra vez a palavra proibida...
A guerra dos mundos No século XXI, só os piores estão prontos para a batalha. 20.02.2015 00:30 Com o estalinismo soviético de volta e o terrorismo jihadista à solta pelas ruas da Europa, um estudo internacional resolveu perguntar se os portugueses estariam dispostos a lutar pelo seu país. A esmagadora maioria não está. Só 28% respondem afirmativamente, alinhando com a generalidade dos países europeus. Em contrapartida, o Médio Oriente e o Norte de África nem hesitam: marchariam para a batalha ao primeiro toque. Não vale a pena procurar explicações para tão interessante fenómeno: é provável que o relativo conforto ocidental nos tenha tornado mais indolentes. Ou, então, mais ‘refinados’: a guerra é um negócio tão arcaico que a única coisa a fazer é negá-lo, na impossibilidade de o ilegalizar. Infelizmente para nós, há mais mundo para além do nosso mundo. Como dizia o poeta, um mundo onde os piores estão cheios de intensidade apaixonada – enquanto os melhores já não têm qualquer convicção.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/joao_pereira_coutinho/detalhe/a_guerra_dos_mundos.htm