segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Rua da Paz

Aqueles aos quais nos acostumámos a chamar "pacíficos", optam pelo silêncio. Foi por essa e outras razões que o legislador Grego Sólon considerou crime qualquer cidadão acobardar-se perante uma discussão. 


"Mais terrível que uma guerra, é fazer de conta que ela nunca existiu! 

Pior ainda é esquecer e ostracizar as suas vítimas e os seus Heróis!"

Não sei quem é o autor deste pensamento, que se me afigura das coisas mais cristalinas e racionais que pode haver. Voltei a esbarrar com ele hoje, e lembrei-me do meu hippienazi preferido, uma mistura de pacifista lunático com teórico conspirativo new-age, mais umas doses generosas de filo islamismo (grande recitador das prédicas do xeque Munir), antissemitismo, e filosofia barata ao estilo Osho ou 'O Segredo' (Rhonda Byrne, Bob Proctor, e outros charlatães, perdão, outros ilustres arautos da Nova Era)...


DEMAGOGIA E FILOSOFIA BARATA



É tão bom ser bonzinho...


Em estado de êxtase místico, o meu hippienazi preferido lá vai desenrolando as suas teorias. Sempre com o famoso "sorriso inteligente"

Sabem ao que me refiro? É aquele sorriso tão característico dos Iluminados, que costuma seguir-se a qualquer declaração naturalmente absurda, que deixe as pessoas de cara à banda. Quanto maior é a absurdidade, maior é a estupefacção de quem a escuta. Consequentemente, mais "inteligente" é o sorriso do Iluminado.

Uma das teses preferidas do meu hippienazi preferido é de que "não se deve falar de guerras". Ponto final. As guerras não existiram, não existem, e não existirão, desde que as novas gerações sejam convenientemente condicionadas para acreditar que assim é. A palavra "guerra" deve ser varrida do Dicionário. "Arma", "espingarda", "espada", "batalha", "emboscada", "terrorismo", tudo isso deve ser omitido. E ai de quem se atreva a contrariar o guru pacifista, que ele fuzila-o logo ali. Com palavras, porque não tem uma G-3 à mão. 

"EU SOU PELA PAZ"


Soldados judeus na II Grande Guerra - Foto do Museu do Soldado Judeu na Segunda Grande Guerra.

Não me brindou com os pormenores da estratégia de erradicação da Guerra e da instalação da Paz, a não ser num pormenor: todas as ruas, praças, pracetas, becos e avenidas dos Heróis da Grande Guerra (ou de qualquer outra Guerra), devem ser imediatamente nomeados "da Paz"!

Também nestes pequenos aspectos, alguma limitação cognitiva deste filósofo da Nova Era se revela. Afirma categoricamente, sempre com as suas certezas absolutas e incontestáveis (e ai de quem o conteste...) que "não existe nenhuma Rua da Paz".  Mas até existem muitas ruas da Paz. Quase todas as localidades têm uma. "Basta uma pequena pesquisa na Internet" - como ele  costuma dizer. Em Lisboa, por exemplo, existe esta, que é humilde mas simpática, como é próprio da Paz.

Com o devido respeito, este tipo de raciocínio parece-nos simplesmente uma patetice. Mas é comum, esta demagogia, este fazer figura de bonzinho, e, perante a complexidade do Mundo e as teias que o Mal tece, afivelar o sorrisinho seráfico e afirmar, qual bonzo em mar de beatitude: "Eu sou pela Paz"

 DESRESPEITO E INSENSATEZ



Soldados norte-americanos na Segunda Grande Guerra, enviam "ovos de Páscoa" para Hitler. É graças a "gente rude" e "belicista" como esta, que hoje por cá andam cretinos  "pacifistas" (sem qualquer espécie de crítica, claro!) a debitar cretinices em liberdade.

É, em primeiro lugar, uma lamentável falta de respeito pelos sacrifícios inimagináveis que fizeram por nós os que deram literalmente o peito às balas. É ultrajante para os que foram para a guerra por amor dos seus filhos, dos seus familiares, dos seus amigos e vizinhos, do seu País, de nós. Esses heróis, a quem devemos a nossa Liberdade, são transformados por esta "teoria" em bestas sanguinárias.

É ultrajante para os que nos nossos dias arriscam as suas vidas em defesa do Mundo Livre. Em defesa também, desgraçadamente, do rabo destes teóricos da ingratidão. Far-lhes-ia bem umas férias nas frentes de batalha, ou mesmo entre os terroristas, para porem em prática as suas avançadas filosofias no terreno, e não no conforto de uma democracia ocidental, onde a sandice é livre, como tudo o resto.

É ultrajante para todas as vítimas, mesmo para os que foram obrigados a combater em guerras injustas. Decretar que se ignore as guerras passadas e presentes é um caminho seguro para que erros se repitam, e que as guerras, com todo o seu horror, continuem a campear. 


COM TANTO PACIFISTA, ACABAM-SE AS GUERRAS!



"Quando as pessoas vêem um cavalo forte e um cavalo fraco, por natureza preferem o cavalo forte" Osama bin Laden

Esta estratégia de negação das guerras tem a mesma coerência de quem tape os olhos para não ver o perigo que se aproxima. Mas parece ter bastante adeptos. Bombardeados com quantidades industriais de filosofias deste calibre, 72% dos portugueses declaram não estar disponíveis para lutar pelo seu País. 

São "pela Paz", também, presume-se.

Os outros 28% são sem dúvida uns monstros. Não admira que haja guerras, quando ainda há 28% de indivíduos brutos, rudes, que preferem defender os seus semelhantes a deixarem-se pacatamente decapitar, em fila, mansamente, como bons pacifistas Iluminados.

Se ao menos os Aliados, na II Grande Guerra, tivessem tido acesso a este mar de Sabedoria... Era tão simples... Quando os Nazis lá viessem, bastava atirar-lhes flores e dar vivas ao Hitler! Ops! Já me esquecia! Também não se pode dizer "Hitler". Nem "Nazismo". Nem "Holocausto". Sobretudo "Holocausto"...


Seja moderno! Omita o Holocausto! (Gaita, dissse outra vez!)

Este de que vos falo, declara, com orgulho (mas a espumar pela boca, aos saltos, como sempre que é contrariado) que teria muita honra em ser decapitado, juntamente com a família toda, pelos terroristas islâmicos. Um pacifista e pêras!


PACIFISTAS E BELICISTAS


A guerra dos mundos 
João Pereira Coutinho

No século XXI, só os piores estão prontos para a batalha. 
20.02.2015

Com o estalinismo soviético de volta e o terrorismo jihadista à solta pelas ruas da Europa, um estudo internacional resolveu perguntar se os portugueses estariam dispostos a lutar pelo seu país. A esmagadora maioria não está. Só 28% respondem afirmativamente, alinhando com a generalidade dos países europeus. Em contrapartida, o Médio Oriente e o Norte de África nem hesitam: marchariam para a batalha ao primeiro toque.
Não vale a pena procurar explicações para tão interessante fenómeno: é provável que o relativo conforto ocidental nos tenha tornado mais indolentes. Ou, então, mais ‘refinados’: a guerra é um negócio tão arcaico que a única coisa a fazer é negá-lo, na impossibilidade de o ilegalizar. Infelizmente para nós, há mais mundo para além do nosso mundo. Como dizia o poeta, um mundo onde os piores estão cheios de intensidade apaixonada – enquanto os melhores já não têm qualquer convicção.
CORREIO DA MANHÃ

Joseph Wald, soldado das Brigadas Judaicas, prepara um "presente para Hitler". Itália, 1944/1945.

É por causa de gente como o João Pereira Coutinho e como nós, uns malandros belicistas que não querem ir a correr oferecer o pescoço às facas dos jihadistas, ou atirar cocktails molotov contra a Polícia, que este mundo está como está. Com os hippienazis, com os modernaços evoluídos e pacifistas, que não dão brinquedos bélicos aos filhos, mas que acham um 'must' poético e heróico os meninos bomba muçulmanos, aí sim, todas as ruas serão ruas da Paz!



Poster das Brigadas Judaicas, que combateram na II Grande Guerra. Nessa altura, Israel estava sob ocupação Britânica. De Israel vieram 15 batalhões de voluntários judeus, que deram o seu contributo para que o Bem vencesse o Mal. Os Árabes, esses, alinharam com Hitler e colaboraram no Holocausto. Ops! Lá disse outra vez a palavra proibida...
A guerra dos mundos No século XXI, só os piores estão prontos para a batalha. 20.02.2015 00:30 Com o estalinismo soviético de volta e o terrorismo jihadista à solta pelas ruas da Europa, um estudo internacional resolveu perguntar se os portugueses estariam dispostos a lutar pelo seu país. A esmagadora maioria não está. Só 28% respondem afirmativamente, alinhando com a generalidade dos países europeus. Em contrapartida, o Médio Oriente e o Norte de África nem hesitam: marchariam para a batalha ao primeiro toque. Não vale a pena procurar explicações para tão interessante fenómeno: é provável que o relativo conforto ocidental nos tenha tornado mais indolentes. Ou, então, mais ‘refinados’: a guerra é um negócio tão arcaico que a única coisa a fazer é negá-lo, na impossibilidade de o ilegalizar. Infelizmente para nós, há mais mundo para além do nosso mundo. Como dizia o poeta, um mundo onde os piores estão cheios de intensidade apaixonada – enquanto os melhores já não têm qualquer convicção.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/joao_pereira_coutinho/detalhe/a_guerra_dos_mundos.htm

2 comentários:

  1. Pois é. Ainda na última noite assisti a um debate na TV francesa France24, sobre a islamofobia. Senti-me um extraterrestre. Enquanto a europa assiste a uma ofensiva terrorista islâmica, de uma violência e crueldade inéditas por estas paragens, os jornalistas entretêm-se a debater a islamofobia. Ahaha!
    O locutor até perguntou aos convidados ao que se deveria tanta animosidade. E ninguém se riu, havendo entre eles dois judeus.
    Quanto à origem dos "palestinianos", devo referir que qualquer judeu que apareça na tv portuguesa, o que sucede frequentemente quando se debate as questões da intolerância religiosa, nunca se deram ao incómodo de abordar estas questões com a profundidade que o faz aqui no blogue. Isso também pesa na opinião pública. Lembremos que esta é bombardeada diariamente com opiniões de "esquerda", ou seja, mentiras e manipulações, na lógica marxista de os fins justificam os meios.

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    1. Tem toda a razão. Há um clima de surrealismo no ar. O nosso amigo da Lura do Grilo retratou-o muito bem neste post:

      http://luradogrilo.blogspot.pt/2015/02/quando-se-desfila-pela-liberdade-de.html

      Quanto ao tempo de antena para a causa israelita, ele é raro. Qualquer marisa matias ou chico louçã da vida, ou qualquer outro antissemita pró terrorista, têm antena aberta para vomitar o ódio que bem entendam:

      http://amigodeisrael.blogspot.pt/2015/01/antissemita-na-prova-oral.html

      Os judeus são poucochinhos, e dá-me a ideia, a mim que não sou judeu, que, depois de umas décadas a levarem com nazismo pela cabeça abaixo, devem entrar numa espécie de cansaço, de exaustão de pregar no deserto.

      Jota Jota

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